Política Titulo Encaminhado
PSB prepara expulsão de Vaguinho e Boi

Em Diadema, partido quer liberar vereadores
para consolidar o apoio à reeleição de Michels

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
05/09/2015 | 07:06
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Montagem/DGABC


O PSB de Diadema, presidido por Manoel José da Silva, o Adelson, deu início à costura interna para formalizar processo de expulsão dos vereadores Vaguinho do Conselho e Célio Boi, com vistas à sucessão municipal do ano que vem. Sem consenso em torno do posicionamento do pleito de 2016, a legenda pretende liberar os parlamentares para unificar projeto no apoio à reeleição do prefeito Lauro Michels (PV) – Vaguinho e Célio Boi pleiteavam candidatura própria ao Paço.

Com a saída dos vereadores, o partido também busca sentenciar a transferência de políticos, cuja tratativa de ingresso já está acordada nos bastidores. O caso mais explícito é do parlamentar licenciado e atual secretário de Educação do município, Marcos Michels (PV). Também está na mira o assessor especial Cacá Vianna.

Primo do chefe do Executivo, Marcos chegou, inclusive, a ter nome cogitado para assumir o comando do diretório municipal, de forma imediata à sua chegada, o que não tende a se confirmar.
Para Vaguinho e Célio Boi, o destino mais provável é o PTB, que já anunciou oposição a Lauro e que está prestes a perder sua única representante no cenário político na cidade: a vice-prefeita Silvana Guarnieri. A número dois do Paço prepara sua migração ao PP.

No começo do ano, o PSB, recém-excluído do arco de aliados do governo do verde, anunciou que entraria na disputa pela corrida eleitoral, destacando Vaguinho como líder de chapa. O debate à ocasião era liderado justamente por Adelson.

Passado pouco mais de um mês, o dirigente reaproximou o partido de Lauro e passou trabalhar pela adesão de reeleição do verde, o que foi rejeitado por Vaguinho e Célio Boi. Os vereadores chegaram a protocolar pedido de intervenção no diretório, mas sem obter sucesso. Desde então, travam embate pelo projeto eleitoral.

REGULARIZAÇÃO
Na terça-feira, o Diário mostrou que o diretório do PSB de Diadema foi destituído em razão de Adelson não apresentar balanço financeiro pelo exercício de 2014. O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) tornou inativa a legenda, impedindo todo e qualquer ato oficial do diretório, como filiação e desfiliação partidária, além de formalização de candidaturas. Ontem, porém, Adelson apresentou contabilidade à Corte, que irá analisar e julgar caso.

O primeiro-secretário da sigla no Estado, Wilson Pedro da Silva, que havia condenado atitude do presidente diademense, afirmou que espera oficialização da Justiça antes de “tomar qualquer atitude” em relação ao diretório local. O dirigente, no entanto, revelou que chegou a ser cogitada a implantação de comissão provisória, que substituiria Adelson. “Pensamos na possibilidade de colocar diretoria temporária, mas depois recuamos. O ideal é esperar conseguir que o diretório fique ativo primeiro, antes de qualquer decisão”, destacou.




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