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Justiça quer agenda de Barjas Negri
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14/10/2006 | 23:07
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A Justiça Federal determinou a apreensão da agenda que o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), usava à época em que exerceu as funções de secretário-executivo e de ministro da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso, no período entre 2001 e 2002.

Barjas está sob investigação da Polícia Federal e da Procuradoria da República porque o chefe da máfia dos Sanguessugas, Luiz Antonio Vedoin, envolveu seu nome em um capítulo da trama que lesou em R$ 110 milhões o Tesouro.

Barjas sucedeu a José Serra (PSDB), governador eleito de São Paulo, à frente do ministério. A Justiça autorizou a PF a tomar seu depoimento no inquérito aberto para apurar sua relação com os líderes do esquema.

O operador de Barjas seria o empresário Abel Pereira, que também é alvo da PF e teve o sigilo fiscal e bancário quebrado – inclusive com análise da movimentação de CPMF – por ordem judicial. Vedoin acusa Abel de ter captado R$ 601 mil em propinas.

A apreensão da agenda foi requisitada pelo Ministério Público Federal. A Justiça também mandou o Ministério da Saúde entregar cópias dos empenhos liquidados em 2002. O MP quer confrontar os dados da agenda com as planilhas da movimentação de recursos da pasta.

Na agenda do ex-ministro, a PF e a Procuradoria esperam encontrar pistas sobre os contatos de Barjas. Os investigadores querem ter acesso às anotações lançadas especialmente entre novembro e dezembro de 2002.

Inicialmente, eles suspeitam que Abel teria sido o maior beneficiário de uma transação com a Prefeitura de Jaciara (MT) para a construção de um hospital municipal com verbas da pasta da Saúde.



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