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Exportação enche cofres do São Paulo
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
19/12/2001 | 00:21
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A diretoria do São Paulo apresentou nesta terça à imprensa o balanço financeiro do ano. A notícia para os sócios e torcedores não poderia ser melhor: o clube não tem dívidas, apesar de pouca gordura em caixa. A diretoria contesta o ranking dos maiores devedores do INSS, em que aparece em décimo.

Um dos principais fatores para a boa fase financeira, embora passe despercebido do grande público, é a exportação em potencial de jovens atletas, ainda anônimos. A molecada nem sequer teve oportunidade de figurar entre os profissionais, mas já desfila pelos gramados europeus. Nomes como Marquinhos, Paulinho e Juan são alguns deles. Atletas que dão autógrafos no exterior, mas que aqui passariam despercebidos pelos fãs.

O sucesso nas categorias de base do clube é eficiente e se tornou um grande meio de se fazer dinheiro. Excelente para os cofres do clube, ruim para a equipe, que não chega a ser reforçada por boa parte dessas jovens promessas. Há alguns meses, o garoto Juan, um lateral-esquerdo que completou 19 anos, defende o Arsenal, na Inglaterra. "O Arsenal nos procurou e fez uma proposta. Recebemos US$ 200 mil no ato e temos direito a 15% do valor de uma futura negociação", disse o presidente do clube, Paulo Amaral.

Segundo Amaral, o dinheiro não era desprezível e o jogador receberia bem mais na Europa. "É difícil segurar um atleta, os europeus oferecem salários bem maiores". A cada dez partidas que Juan joga no time profissional, os ingleses pagam mais US$ 200 mil ao São Paulo, conforme acordo feito. O mesmo caso ocorreu com o volante Paulinho, 18 anos, que foi contratado pelo Arsenal. Ele foi negociado por cerca de US$ 100 mil.

No ano passado, por exemplo, o atacante Marquinhos, 19 anos, saiu do Morumbi para vestir a camisa do PSV, na Holanda. Sua transferência rendeu aos cofres do Tricolor US$ 500 mil.

Muitos menores também abandonaram o país nos últimos anos e em diversos casos, houve problemas com documentação. Para que troquem de país, é necessário que os pais e o Juizado de Menores assinem uma carta de autorização. Um problema para as polícias das fronteiras e para o futebol brasileiro, que perde seus atletas de forma precoce.




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