A partir de hoje, a concessão de aposentadoria por idade levará 30 minutos para ser efetivada. Essa é a promessa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A idéia é que até março já seja possível conceder aposentadoria por tempo de contribuição para trabalhadores urbanos e por idade aos trabalhadores rurais. A agilização do serviço só é possível graças ao CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que passa a ser utilizado como base de dados para o benefício.

Com a novidade, bastará o agendamento do segurado pela central telefônica 135. Uma planilha com as contribuições e o valor a receber é apresentada. Caso haja lacunas, a recomendação para os futuros aposentados é que solicitem a inclusão de dados, desde que haja comprovação documental.

Essas contribuições adicionais podem aumentar o valor a ser recebido, que atualmente corresponde a 70% do salário de benefício e pode chegar a 100% do salário. Os vínculos e remunerações laborais a partir de julho de 1994 já constam do CNIS, informações fora deste período devem ser inclusas mediante solicitação do futuro aposentado.

Para o trabalhador da área urbana se aposentar por idade é preciso ter 65 anos no caso do homem e 60 anos no caso da mulher e, pelo menos, 180 contribuições, o equivalente a 15 anos. Aos que se inscreveram na Previdência antes de 25 de julho de 1991 é aplicada uma tabela de transição. Para quem atingir a idade em 2009, por exemplo, são necessárias 168 contribuições, o equivalente a 14 anos.

Para tamanha agilidade na concessão de aposentadorias por idade, o gasto do governo em informatização bateu os R$ 280 milhões.

O reajuste do valor do benefício, no entanto, não aconteceu. Tal aumento foi rejeitado pois traria um inchaço de cerca de R$ 76,6 bilhões anuais aos gastos da Previdência. O custo adicional seria um peso ainda maior ao rombo do setor que já chega a R$ 40 bilhões neste ano.