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Cavani recorda perseguição sofrida ao atuar no São Caetano

Goleiro ficou seis anos no clube e lembra polêmica com o ex-prefeito Luiz Tortorello

Por Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
10/05/2015 | 07:00
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Arquivo/DGABC


Uma carreira marcada pela perseguição. Terceiro goleiro com mais partidas em toda a história do São Caetano, com 72 jogos, e obtendo a marca de seis anos quase consecutivos jogando no clube, Cavani relembra com tristeza o período em que defendeu a meta do Azulão, quando o time ainda ascendia às divisões intermediárias do futebol paulista. E, segundo relata o arqueiro, o principal motivo para seu abatimento tem nome e sobrenome: o ex-prefeito da cidade, Luiz Olinto Tortorello, morto em 2004.

Cavani relata que desde que passou a se destacar nos primeiros jogos no Azulão, foi perseguido pelo ex-prefeito. “Tive duas fases distintas de 1990 a 1992. Eu era a menina dos olhos do clube, estava indo muito bem, mas tive um problema com o (ex-prefeito) Luiz Olinto Tortorello. Quis sair e ele me ofereceu dinheiro para que eu permanecesse. Só que depois não cumpriu a palavra. Chamei ele de desonesto e começou a perseguição. Ele não deixava eu jogar, pedia para que os treinadores não me escalassem. Era uma pessoa vingativa. Tive muita dificuldade para deixar o clube depois”, recordou.

Apesar dos problemas com o ex-prefeito, Cavani guarda na memória boas lembranças dos anos em que atuou pelo Azulão. De 1990 até 1996, ele foi o principal arqueiro da equipe, mesmo após ter defendido outras agremiações nesse período.

“Havia um sonho, um projeto da família Tortorello em montar um time. E eles realizaram. A gente tinha essa ambição de chegar à primeira divisão e começamos degrau por degrau. Todos queriam vencer na vida como atleta. Foi um momento mágico. Ninguém pensava em dinheiro, só na honra e na chance de fazer história”, destacou.

Presente em um dos jogos mais históricos e polêmicos da história do São Caetano, Cavani diz desconhecer qualquer acordo entre jogadores do Azulão e do Taquaritinga, quando as duas equipes se enfrentaram pela segunda divisão do Campeonato Paulista (atual Série A-2) de 1992. Naquela ocasião, um empate colocava os dois times na elite estadual do ano seguinte. E o jogo terminou empatado por 2 a 2.

“A gente escuta falar desse jogo até hoje. Mas eu desconheço qualquer papo. Não me pediram para levar gol de propósito, coisas assim”, assegurou o ex-goleiro.




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