Economia Titulo Sobrevivência
Revisão fiscal reduz custos a empresas

Avaliação feita por consultorias pode ajudar
a recuperar créditos tributários e economizar

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/04/2015 | 07:13
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Claudinei Plaza/DGABC


No cenário atual de demanda retraída, crédito escasso e alta dos juros, as empresas têm de buscar formas de reduzir custos para sobreviver no mercado, apontam especialistas. Uma das maneiras é olhar, com a ajuda de consultorias, para os próprios números dos livros fiscais da companhia para descobrir créditos tributários, aos quais se têm direito, mas que, muitas vezes, passam despercebidos.

Esse é o trabalho da Studio Fiscal, empresa gaúcha com 45 filiais e que já tem duas unidades em Santo André, uma em São Bernardo e acaba de fincar bandeira em São Caetano. O empresário Eduardo Monteiro, que entrou como sócio-franqueado da marca nessa cidade, com investimento de R$ 400 mil na estrutura física e em equipamentos, e que conta com equipe de sete pessoas, exemplifica o caminho para a economia. Ele cita que quando as empresas do regime de lucro real adquirem insumos, podem se compensar com créditos do PIS/Cofins junto à Receita Federal. “Há previsão na legislação para isso”, diz. O abatimento pode ser obtido até nos gastos das indústrias com energia elétrica ou na locação do imóvel da fábrica, acrescenta.

Monteiro faz questão de ressaltar que não trabalha com teses ainda em discussão na Justiça, só com o que já está julgado e pacificado pelo judiciário. E o contrato com os clientes condiciona o pagamento à economia proporcionada. Cobra-se 25% do valor dos créditos encontrados. “Em mais de 1.000 trabalhos homologados, em apenas um não encontramos nada”, garante ele, que calcula média de economia que chega a 4% do faturamento. “Em um trabalho que fizemos, recuperamos R$ 1,4 milhão.”

Ele cita ainda que o Studio Fiscal não visa competir com os contadores das empresas clientes. Segundo ele, com mais de 400 alterações na legislação tributária colocadas pela Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) só em 2014, fica difícil para a contabilidade das companhias acompanhar tantas mudanças e ainda se dedicar ao dia a dia da operação, que envolve cerca de 180 obrigações acessórias por ano. “Nosso trabalho é complementar”, destaca.

Essa revisão possibilita olhar os últimos 60 meses dos números fiscais, e também pode gerar economias futuras, por meio do planejamento tributário. Isso com os créditos que não eram compensados e que passarão a ser incorporados. E com as exigências de informatização – pelo Sped (Sistema Público de Escritural Digital) – nem é preciso estar in loco nos clientes para verificar as informações nota por nota, cita o empresário.
 




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