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Dos 423 presos mortos no Rio, 93 foram assassinados
29/10/2003 | 00:35
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De 2000 até outubro de 2003, 423 presos morreram no sistema prisional do Rio, dos quais pelo menos 93, ou 22%, foram assassinados. Somente este ano, foram registrados 83 óbitos, sendo 19 de natureza violenta. Os dados constam do relatório elaborado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio em resposta à solicitação da relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais, Asma Jahangir, que esteve no Rio no início do mês e reclamou da falta de informações sobre mortes em presídios.

O levantamento, enviado à ONU, não mostra quantas das mortes foram provocadas por agentes. Mas, segundo o secretário Astério Pereira dos Santos, a maior parte foi causada por outros presos. Ele citou apenas dois casos em que guardas mataram detentos: o de Edson Roque Leite Bezerra, que levou um tiro de borracha na cabeça dentro do Hospital Psiquiátrico Roberto Medeiros, em Bangu, em 2002, e o do chinês naturalizado brasileiro Chan Kim Chang, espancado no presídio Ary Franco, em setembro deste ano.

Santos considerou a quantidade de mortes em sua administração (de janeiro até outubro) "dentro da normalidade". Ele apontou a redução do volume de casos envolvendo violência no último ano, apesar do crescimento da população carcerária, como um ponto positivo do balanço.




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