A Espanha pediu nesta segunda-feira no Conselho Europeu de Agricultura o apoio de seus parceiros na comunidade para que a dieta mediterrânea seja incluída na relação de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco "por sua contribuição positiva à saúde".

A proposta espanhola obteve o respaldo explícito de Itália, Portugal, França e Grécia, além da Comissão Européia. "A Comissão colocará à disposição todos os meios e recursos necessários para que este reconhecimento aconteça", declarou o Executivo comunitário através de comunicado.

A ministra espanhola da Agricultura, Elena Espinosa, disse que a Espanha irá dobrar seus esforços para alcançar o reconhecimento por parte da Unesco, e fez um apelo não apenas aos países mediterrâneos, mas também àqueles que, mesmo não compartilhando um patrimônio alimentar histórico com a Espanha, reconhecem os benefícios deste tipo de alimentação.

A dieta mediterrânea se baseia no uso do azeite de oliva como principal fonte de gordura, no consumo abundante de legumes, frutas e verduras, pão e derivados de cereais, pescados, ovos, laticínios (principalmente queijo e iogurte) e frutas secas, além do consumo moderado de vinho (sobretudo tinto) e carnes.

Na lista da Unesco já figuram duas manifestações gastronômico-culturais da Espanha: a festa de 'La Patum', de Berga (Catalunha), uma celebração popular que tem sua origem nas festividades que acompanhavam as procissões do Corpus Christi na Idade Média, e 'El Misterio de Elche' (Comunidade Valenciana), um drama musical que é representado desde meados do século XV.