Em Tóquio, o ministro russo das Relaçoes Exteriores, Igor Ivanov, deu a entender que serao necessários vários meses para estabilizar a situaçao na Chechênia e previu uma normalizaçao para antes de julho.

Enquanto isso, a aviaçao russa continua bombardeando o Sul montanhoso da Chechênia e realizou 160 incursoes aéreas nas últimas 24 horas, especialmente nos desfiladeiros de Argún e de Vedeno, segundo o Estado-Maior das forças federais.

O número de incursoes foi duplicado nestes últimos dias e os bombardeios no desfiladeiro de Argún sao muito violentos, informaram militares perto de Duba-Yurt (30 km ao Sul de Grozny).

Cerca de 50 mil homens, de um total de 93 mil, devem participar nesta operaçao, contra os 5 mil ou 7 mil rebeldes que se refugiaram no Sul.

Cento e sessenta rebeldes morreram nas últimas 24 horas, segundo o canal estatal russo RTR. Os russos nao anunciam baixas em suas fileiras há vários dias.

Desde a última quarta-feira, as forças russas utilizam bombas de 1,5 tonelada nas montanhas, enquanto antes utilizavam só as de 500 kg. As de 1,5 tonelada têm uma grande capacidade destrutiva e sua utilizaçao constitui uma violaçao das Convençoes de Genebra, segundo a antena russa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Por sua parte, os rebeldes têm a intençao de começar uma guerra de guerrilhas nas montanhas, nas planícies e em cada povoado da república, advertiu Maskhadov em um vídeo mostrado pelo canal NTV.

O Kremlin reagiu a esta declaraçao, estimando que o presidente Maskhadov é obrigado a fazer propaganda depois de ter sofrido pesadas baixas nas tropas rebeldes.

Segundo vários analistas militares, esta guerra de guerrilhas pode causar muitas baixas aos russos e durar anos.