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Juro menor ajuda a puxar financiamento de veículos
Letícia Casado
Do Diário do Grande ABC
26/04/2007 | 07:06
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A redução da taxa básica de juro – a Selic – apenas confirma a expectativa do mercado de financiamento de automóveis: de que os consumidores pagarão taxas menores neste ano. As financeiras já embutiram esta redução nas projeções feitas até o fim do ano, e os dados confirmam a tendência – juros menores, prazos maiores, e mais compradores.

De acordo com o Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), na primeira quinzena de abril as vendas foram 33,63% superiores ao mesmo período ano passado.

A rede Viamar, da General Motors, vendeu de 7% a 10% mais no primeiro trimestre deste ano sobre 2006. Em dezembro, a taxa média de juro estava em 1,5%, e agora é de 1,4% – com pouca diferença entre uma financeira e outra. Os valores são os mesmos para toda a rede, que atualmente trabalha com cinco financeiras. São sete concessionárias de veículos novos, sendo três no Grande ABC,

O gerente de vendas de carros novos da Viamar, Orlando Arrifano, justifica o crescimento contando que o mercado estava bem aquecido no fim do ano passado, e o ritmo se manteve no início de 2007 – principalmente por causa do escoamento dos estoques da linha 2006.

Para este ano, a expectativa de crescimento da Viamar é “maravilhosa”, segundo Arrifano. “Do jeito que o mercado está, com tanta gente querendo comprar, vai faltar carro”, diz ele.

Neusa Silva, gerente de F&I (Financiamentos e Seguros) da Sabrico, concessionária Volkswagen, garante que os índices caíram consideravelmente. “No ano passado, taxas boas eram de 1,49%”, conta ela, e diz que a Volks chegou a fazer feirão neste ano com juros de 0,89%. A média do dia-a-dia na concessionária é de 1,2% atualmente.

Na Andreense, concessionária de motos da região, os juros também estão menores. A Finasa, financeira do banco Bradesco, está oferecendo juros mais baixos para financiamentos na revenda: eram de 2,14% em novembro do ano passado e hoje estão em 1,78%. Mas, segundo Clemente Rodrigues Cabral, gerente de vendas, todas as financeiras que trabalham com a empresa estão cobrando taxas menores. Além do Bradesco, estão lá os bancos Panamericano, HSBC e Real.

A carteira da Finasa tem aproximadamente R$ 16 bilhões e a expectativa é crescer de 20% a 25% em 2007. A financeira atua apenas em concessionárias.

Depois do anúncio do corte de 0,25% da taxa básica de juros, feito pelo Copom (Comitê de Política Monetária), na semana passada, o Bradesco reduziu também as linhas de crédito para pessoa física – incluindo a modalidade CDC Veículos. Nesse caso, a taxa cedeu de 2,5% ao mês para 2,48% na máxima, e de 1,35% para 1,33% na mínima.

Arrifano, da Viamar, tem visão bem otimista. “Do jeito que o mercado está aquecido, a Selic não está sendo um diferencial para trazer clientes para as lojas”, diz.




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