O Banco Central reduziu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto deste ano. Na avaliação da autoridade monetária, por meio do relatório de inflação publicado ontem, a produção total de riquezas do País vai expandir apenas 3%. No documento de setembro o BC previa alta de 3,5%, e também houve redução de 0,5 ponto percentual na expectativa frente à publicação de julho.

As análises e projeções do BC têm como base o cenário econômico até o dia 9. E segundo a instituição, mesmo com a redução na previsão para o crescimento econômico, vários fatores contribuirão para a manutenção da expansão do PIB.

“Para os próximos meses, contrapondo-se a esses fatores adversos (como a crise internacional), ressalte-se a continuidade do aumento do nível de emprego e da massa salarial, a elevação, na margem, da confiança dos consumidores e a ampliação moderada do crédito, como fatores que tendem a contribuir para a continuidade de crescimento da economia”, apontou o documento.

PREÇOS- A inflação brasileira atingirá 6,5% neste ano, segundo o BC. Este também é o teto da meta de inflação, limite determinado pelo governo para que a economia continue saudável. No entanto, a autoridade destacou que “a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2011, segundo o cenário de referência, situa-se em 54%”. Prevê ainda que a inflação “deverá enfrentar pressões altistas no primeiro trimestre de 2012, entre outras, associadas aos aumentos sazonais das matrículas e mensalidades escolares e dos preços de alimentos in natura”.

O BC elevou também a projeção para a inflação acumulada neste ano para a gasolina, de 4% para 6,6%, e para o gás de bujão, de 0% para 1,9%. Mas para a eletricidade houve manutenção na previsão de 4,1% e queda para as tarifas de telefonia fixa, de 0,9% para 0%.