O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) garantiu que a postura do tucanato será diferente da de 2012, quando a sigla optou por não lançar candidatos, afugentou prefeituráveis e teve o pior desempenho de sua história no Grande ABC, conquistando apenas uma Prefeitura – a de Rio Grande da Serra, menor cidade da região.

Morando afirmou que o PSDB precisa aproveitar as expressivas votações obtidas por Aécio Neves na eleição presidencial e do governador reeleito Geraldo Alckmin. Aécio superou a presidente eleita Dilma Rousseff com 246.712 votos de diferença nas sete cidades. Já Alckmin, vitorioso no primeiro turno, venceu em todos os municípios, inclusive em cidades administradas por petistas, casos de Santo André (Carlos Grana), São Bernardo (Luiz Marinho) e Mauá (Donisete Braga).

Segundo o parlamentar estadual, alguns cenários já estão traçados. Ele afiançou, por exemplo, que em Santo André um tucano estará nas urnas. “Não tenho dúvidas disso. Pode cravar”, anunciou. Ele não descartou a vinda de novo filiado para liderar o projeto, mas disse que quadro atual também poderia encabeçar a empreitada. “Discuto conceitualmente (a candidatura a prefeito de Santo André). Não vejo problema em trazer nome novo. Porém, pode ser nome que já esteja no partido.”

Na eleição de 2012, o hoje secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, tentou ser o candidato do PSDB. Alijado do processo, migrou para o PSD e apoiou a candidatura do atual prefeito andreense, Carlos Grana (PT). Sob batuta do presidente do diretório local, Ricardo Torres, o PSDB tentou ser vice do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), foi barrado e se contentou em ocupar a segunda vaga na chapa encabeçada por Raimundo Salles (ex-PDT, atual PPS).

O resultado da tática tucana de dois anos atrás é conhecida: nenhum vereador eleito, derrota ao lado de Salles e enfraquecimento partidário, com dezenas de filiados cancelando seus títulos.

Para 2016, o PSDB começa a pensar diferente. Já sondou o atual secretário paulista de Esporte, José Auricchio Júnior (PTB), para ser o nome da sigla na eleição em São Caetano e o adjunto da Pasta chefiada pelo petebista, Clóvis Volpi (PTB), para concorrer em Mauá ou Ribeirão Pires. Em São Bernardo, onde o PSDB foi vice de Alex Manente (PPS) na eleição municipal, candidato próprio também deve ser lançado.

E o ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira (PSC) foi convidado para retornar ao PSDB, uma vez que o prefeito Gabriel Maranhão está próximo de ser expulso dos quadros tucanos.