Setecidades Titulo Verão
Fiscalização dificulta acesso de banhistas ao Tancão da Morte

GCMs monitoram lago artificial localizado no Parque Guaraciaba, em Santo André, 24 horas

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
28/12/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Está mais difícil acessar o Tancão da Morte, lagoa localizada dentro do Parque Guaraciaba, em Santo André. O local, palco de tragédias que vitimaram fatalmente pelo menos 33 pessoas desde a década de 1990, conta com monitoramento de GCMs (Guardas-Civis Municipais) durante 24 horas por dia, o que vem conseguindo impedir o acesso dos teimosos banhistas.

Na manhã de ontem, a equipe do Diário esteve no local. A entrada principal da área verde de 550 mil m² é feita pela Avenida Valentim Magalhães, onde portão permanece trancado com cadeado. Uma das trilhas clandestinas conhecidas que dão acesso ao local também estava fechada.

Por volta das 11h15, ocorreu a troca de turno dos profissionais responsáveis pela segurança da represa, que tem cerca de 50 metros de profundidade. Uma base móvel da GCM com três guardas substituiu dois funcionários da corporação, que deixaram o espaço em uma viatura.

O policiamento no lago artificial e entorno foi intensificado desde a última tragédia no local, em janeiro, quando cinco adolescentes moradores de Mauá se afogaram enquanto nadavam no tancão. Por conta do triste episódio, a Prefeitura iniciou monitoramento da área via barco e implementou ronda durante o dia e à noite no último verão.

De acordo com moradores e comerciantes do entorno, aos fins de semana é comum observar movimentação de funcionários da Prefeitura de Santo André na área verde, possivelmente em serviços de poda, plantio e manutenção. Quanto aos banhistas, a comunidade acredita que eles tenham se conscientizado acerca do perigo que o espaço reserva.

A Prefeitura firmou compromisso com a Justiça na tentativa de minimizar o problema, cogitando-se, inclusive, o aterramento da represa. O governo petista deve apresentar estudo no começo do próximo ano em atendimento ao TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o Ministério Público. O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) está responsável pela elaboração da proposta, no entanto, a administração municipal destaca não ter recursos próprios para a execução dos trabalhos.

Entre as alternativas apontadas pela Prefeitura estão acordos com os governos federal e estadual ou convênios com a iniciativa privada, por intermédio de PPP (Parceria Público-Privada). Estima-se gasto anual em torno de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões com o trabalho de vigilância na área. 




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