A construção de dois grandes conjuntos residenciais está entre as motivações da Prefeitura de Santo André em acabar com a prostituição na Avenida Industrial, no bairro Campestre. Para atrair os empreendimentos de alto padrão, a administração municipal se comprometeu a fazer melhoria urbana nos arredores.

Os empreendimentos são voltados à classe média-alta. Um dos terrenos é o da antiga fábrica de fertilizantes IAP, entre a Avenida Industrial e o Viaduto Castelo Branco.

A área onde ficam os terrenos, hoje, está completamente deteriorada. Antigas fábricas em ruínas servem de abrigo para usuários de drogas. Quando escurece, os travestis tomam conta da paisagem.

A construtora Goldfarb, dona da área, confirmou terça-feira que negocia com a administração municipal a construção de condomínio no local.

O segundo residencial seria construído em área a 50 metros do primeiro.

Fechamento - Além da instalação de 11 câmeras e criação de três bases de segurança na região da Industrial, está prevista uma operação para fechar os estabelecimentos que promovam a prática, como motéis, drive-ins e boates.

Os pontos, invariavelmente, têm alvará da administração municipal para exercer outras atividades. Boates são registradas como bares ou hotéis e drive-ins, como garagens. O desvio da função é passível de fechamento.

Em reunião no dia 23 de julho, que contou com a presença do prefeito João Avamileno (PT), foi pedido à Polícia Civil um mapeamento dos pontos de prostituição e estabelecimentos ilegais.

Investigadores foram aos locais munidos de câmeras escondidas e fotografaram a atuação das prostitutas e travestis.

A ação de repressão deve se estender também para a Avenida Dom Pedro II, onde há muitas boates.