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Santo André e Saged
chegam a um acordo
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
17/12/2010 | 07:10
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Depois de duas semanas de desacertos, ameaças de renúncia e incertezas, a diretoria do clube e a Saged (Santo André Gestão Empresarial) chegaram a acordo quanto à cota de R$ 1,8 milhão paga pela FPF (Federação Paulista de Futebol) pela participação no Estadual de 2011. A solução encontrada foi dividir a verba - a porcentagem não foi revelada - entre as partes.

"Chegamos a um meio-termo: a cota será dividida parte para pagar os impostos e parte para folha salarial, fornecedores e dia a dia do Santo André, que era a nossa proposta desde o início", explicou o vice-presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Romualdo Magro Júnior. "Foi um encontro muito positivo, ficou tudo resolvido e sob controle", completou o presidente Ronan Maria Pinto.

Assim, os impostos devidos pelo clube serão "praticamente liquidados". "Este era o principal motivo da preocupação deles (diretoria do clubes) e gerou a atitude de reter a verba em primeira instância", afirmou Romualdo. Já para os gastos com o time... "Não vai dar para cobrir tudo, mas ajuda", emendou o vice.

Diferentemente do que poderia se imaginar a respeito de divergências entre os dirigentes das partes, a reunião ocorreu em clima tranquilo. "Foi uma conversa boa, conduzida da forma como deveria ser, com o Santo André em primeiro lugar, sem disputa entre clube e gestão", avaliou Romualdo.

"O Celso (Luiz, presidente do Esporte Clube Santo André) foi muito receptivo. Existe a preocupação normal da parte deles (do clube) com o futebol, mas no restante chegou-se a um acordo, que era necessário, e não há mais pendências", reiterou Ronan.

Segundo o dirigente, chegou-se à conclusão que não passou de "mal-entendido" a carta elaborada pelo clube cobrando soluções para os problemas relativos aos impostos. "Está tudo definido e acertado", disse.

Ainda de acordo com o presidente da Gestão Empresarial, entre hoje e amanhã deverá ser quitada outra pendência, desta vez com os atletas. "Estamos encaminhando para liquidar o pagamento da folha de novembro até sexta-feira (amanhã)", esclareceu.

TIME

Um dos destaques do Santo André na Série B do Brasileiro, apesar do rebaixamento do clube à Série C, o atacante Rychely teria despertado interesse de alguns clubes. Nos planos do Santo André para 2011, ele teve a permanência garantida. "Não recebemos nada oficial pelo jogador e ele está dentro dos nossos planos. Pode haver sondagens, mas o Rychely fica. Tem contrato com o clube e situação normal", disse o superintendente de futebol, Carlos Arini.

Ontem, os jogadores indicados por Sandro Gaúcho e Baroninho das parcerias do Patrocinense e do Varginha fizeram jogo-treino contra a equipe da Copa São Paulo de Juniores. "Foi uma atividade interessante e de forma geral foi bom. Esse time da Copinha é muito bem postado, bem armado e rápido. Com certeza vai dar trabalho. E com relação aos que vieram da parceria, nossa expectativa é que deem certo", concluiu Arini.

 

Cicinho segue desaparecido e futuro está indefinido

Se Cicinho era tido no Santo André como exemplo de jogador que veste a camisa, hoje já não tem o mesmo prestígio. Dos atletas que integram o elenco, ele é o único que não se apresentou para reiniciar os treinamentos. Pior que isso, sequer entrou em contato com a diretoria para prestar esclarecimentos. Assim, parece não haver mais clima para o lateral-direito seguir no clube, apesar de ter contrato de empréstimo até dezembro de 2011.

Estamos decepcionados com a postura do atleta, porque o Santo André abriu as portas para ele, lhe deu grande oportunidade e melhorou o salário. Além disso, investiu no jogador ao adquirir 30% dos direitos junto ao Oeste, apostando nele. Mas aí vem com essa conduta reprovável", disse o vice-presidente Romualdo Magro Júnior.

O dirigente nega o retorno de Cicinho ao Oeste, como chegou-se a especular nos últimos dias. "O jogador tem contrato em vigência com o Santo André e não consegue jogar em lugar algum do mundo se não tiver nossa aprovação e liberação. Tem que vir e conversar, não abrimos mão disso. E tem que buscar logo", afirmou.

Romualdo vê como complicada possível reintegração após o episódio. "Ele saiu às escondidas e não voltou sequer para buscar o salário. Fica difícil mantê-lo", concluiu.




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