Economia Titulo Estímulo
Mercado de aluguéis deve se fortalecer no ano que vem

Ibope aponta falta de imóveis com dois dormitórios
para classe média na região e problemas com crédito

Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
12/12/2009 | 07:00
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O mercado de aluguel deve ganhar estímulo no ano que vem, em função da dificuldade de se encontrar imóveis com perfil da classe B na região. De acordo com pesquisa do Ibope Inteligência sobre as tendências imobiliárias no Grande ABC para o próximo ano, 27% dos consumidores da classe média têm interesse em adquirir uma residência, mas há escassez de unidades com dois dormitórios à venda.

Para Antonio Carlos Ruótolo, diretor de geonegócios do Ibope Inteligência, os próximos 18 meses são um prato cheio para o investidor que optar em comprar residências e alugar. "O aluguel é um gasto fixo e não está aliado à disponibilidade de crédito", explica.

Segundo Ruótulo, a crise econômica encolheu o número de lançamentos imobiliários em cerca de 40% este ano, em comparação a 2008. "Com a retomada gradativa do mercado, as construtoras têm apostado empreendimentos de valor alto, com 3 e 4 dormitórios, pois a aquisição pela classe A não está aliada à disponibilidade de financiamentos. Com isso, o consumidor da classe B se vê sem saída, afinal para se financiar uma residência de R$ 100 mil é preciso ter renda mensal de cerca de R$ 4.000", destaca o diretor.

O executivo espera que a lei do inquilinato - que prevê uma série de alterações na relação entre contratado e contratante, sancionada pelo presidente Lula esta semana - possa trazer fôlego ao mercado. "É uma saída para o consumidor que não dispõe de renda suficiente conseguir comprar sua casa. A recuperação do crédito no País ainda não está concluída, mas a retomada se dará logo; enquanto isso, o aluguel é opção boa para driblar isso."

A pesquisa do Ibope analisou as tendências imobiliárias das famílias de Santo André, São Bernardo e São Caetano - com renda superior a R$ 1.700 - que têm intenção de comprar um imóvel. O estudo aponta que 58,5% dos entrevistados pretendem adquirir casa, 36,9% preferem apartamento e 4,6% não definiu o tipo de imóvel.

Além disso, 45% dos consumidores das três cidades procuram por imóvel novo, 44% preferem usado e 12% aguardam futuros lançamentos.




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