O vereador Marcelo Lima foi confirmado na manhã de ontem como novo presidente do PPS de São Bernardo. Ele substitui André Sicco, que estava à frente do diretório desde outubro de 2011. Como antecipou o Diário, Lima foi eleito por consenso durante o congresso municipal da sigla, que reuniu cerca de 500 pessoas no plenário da Câmara.

Ao ser referendado para comandar o diretório local pelos próximos dois anos, Marcelo Lima apresentou discurso de atuação junto à militância do partido e enaltecendo a condição do PPS como principal sigla de oposição ao PT em São Bernardo.

“Vamos trabalhar para deixar o partido ainda mais fortalecido, levando nossos ideais ao cidadão”, disse.
O agora dirigente partidário declarou que suas principais deliberações vão de encontro à disputa eleitoral em 2014. “Não resta dúvida de que o PPS lançará um candidato a deputado estadual e federal na cidade”, projetou Lima, desconversando sobre o nome dos postulantes.

Apesar disso, o caminho que se desenha é Marcelo Lima ser lançado para pleitear assento na Assembleia Legislativa e o deputado estadual Alex Manente busque vaga na Câmara dos Deputados.
A indicação para Lima assumir a direção do PPS é um meio para evidenciar sua atuação na sigla. Com 6.445 sufrágios no pleito de 2012, ele foi o vereador mais votado do partido, e o segundo da cidade, atrás apenas do presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), que conseguiu 6.884 adesões.
Antes disso, o popular-socialista esteve perto de deixar o partido. Ele recebeu duas sondagens, do PTB e do Pros (Partido Republicano da Ordem Social).

O primeiro convite surgiu em maio, quando o presidente estadual do PTB, Campos Machado, convidou Marcelo Lima a trocar de sigla, com possibilidade de presidir o diretório petebista e ser candidato a deputado estadual. Campos procura um nome para substituir o vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar, que deixou a sigla para ingressar no PMDB.

A conversa não avançou porque o surgimento da MD (Mobilização Democrática), fruto da fusão entre PPS e PMN, que possibilitaria a troca de partido, fracassou.
No começo do mês, o Pros, reconhecido há menos de dois meses pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), também procurou Marcelo Lima, que recusou o convite.

A sigla busca nomes para se estabelecer politicamente no Grande ABC. Em pouco tempo conseguiu a adesão de sete vereadores da região.