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Duas suspeitas de febre são descartadas
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
19/01/2008 | 07:00
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Dois casos suspeitos de febre amarela na região foram descartados ontem. Os pacientes – um morador de São Bernardo e outro de São Caetano – apresentaram sintomas ao retornarem de viagens a zonas de risco de contágio. Os resultados conclusivos foram divulgados ontem, pelo Instituto Adolfo Lutz.

No caso de São Caetano, o paciente esteve em Goiás, e foi internado no Hospital Albert Einstein, na Capital, com febre e dores musculares. O diagnóstico final foi de virose. O paciente de São Bernardo foi para Rondônia e está internado no Hospital Brasil, em Santo André, desde o dia 11. A alta está prevista para hoje.

Depois desses resultados, cai para dois os suspeitos de febre amarela na região. O mais grave é de uma moradora de São Caetano, de 38 anos, que apresenta todos os sintomas clínicos da doença. O exame que confirma ou não o diagnóstico deve ficar pronto hoje.

A paciente esteve em Bonito (MS) e ficou dez dias internada. “Como ela teve uma evolução grave da pneumonia, suspeitamos de febre amarela”, disse o médico Carlos Eduardo Silva Araújo, diretor do Hospital Beneficência Portuguesa, que acompanha o caso. Desde quarta-feira, ela está em casa, no bairro Mauá, e passa bem, segundo a equipe médica. Procurada pelo Diário, a paciente não quis se pronunciar.

Questionados pela reportagem ontem, os vizinhos da mulher não sabiam detalhes da história. As pessoas apenas desconfiavam da existência da paciente no bairro por conta do trabalho dos agentes de saúde na área, que incluiu nebulização. “Estou com medo, ninguém diz o que está acontecendo”, disse a dona de casa Lúcia Tavares da Silva, 37 anos.

Outros, como a aposentada Tereza Miossi Garbo, 81 anos, estão tranqüilos. “É difícil pegar (febre amarela) na cidade.” Ela afirmou que não se vacinará. A corrida para se imunizar contra a doença, no entanto, é grande em São Caetano. As filas em busca da vacina começam às 3h na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Centro, que centraliza o trabalho. “A gente só começa a aplicar às 8h e acaba muito rápido”, contou ontem uma funcionária.

Segundo Edson Raddi, assessor de Vigilância à Saúde de São Caetano, não está previsto reforço no número de doses na cidade ou ampliação de postos de vacinação. Nesse verão, não foi registrado nenhum caso de dengue no bairro Mauá mas, por precaução, um perímetro de 500 metros da casa da paciente foi vistoriado ontem e anteontem em busca de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Nada foi encontrado.

A outra suspeita de febre amarela é de um paciente de Mauá, que está internado no Hospital Cristóvão da Gama. Ele também viajou para Bonito. (Colaborou Aline Mazzo)



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