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Escolas incentivam a prática do esporte
Daniele Torres e Márcio Silva
13/12/2009 | 07:25
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Crianças de todos os lugares e idades têm como prioridade brincar, de preferência com várias crianças, para que a imaginação não tenha limites. O processo de aprendizagem, nessa fase, anda de mãos dadas com as brincadeiras lúdicas, pois elas se permitem aventurar em situações diversas apenas com o propósito de se divertir.

A garotada tem energia de sobra e precisa encontrar meios de canalizá-la de maneira produtiva. Foi pensando nisso que a professora Alessandra Nabeiro, do curso de Educação Física da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), começou o projeto Escola de Ginástica para crianças de quatro anos a seis anos.

As aulas gratuitas de ginástica infantil começaram em junho do ano passado, e desde então já foram mais de 80 inscritos. A única restrição do programa é a faixa etária, do contrário, meninos e meninas de todas as regiões do Grande ABC são bem-vindos. O objetivo é desenvolver as capacidades físicas e habilidades motoras, sem perder o elemento ginástico. Duas vezes por semana, 32 crianças se reúnem no ginásio poliesportivo da USCS.

"É preciso que as atividades tenham sentido para eles; o fator principal é o lúdico, o faz de conta" diz a professora Alessandra, que, com ajuda de mais quatro alunas do curso de Educação Física prepara um circuito de exercícios para as crianças.

O auxílio de bolsa de 50% para os alunos que participam do projeto não é apenas o que motiva essas futuras profissionais. "Aqui a gente aprende bastante; percebi que a teoria e a prática precisam andar juntas" afirmou Tatiana Valério dos Santos, estagiária há mais de dois anos no projeto.

A atividade física desde cedo é uma forte aliada para que a criança adquira o hábito de praticar esportes na vida adulta e, independentemente da modalidade, o importante é manter ativo o desenvolvimento saudável do corpo, sem esquecer da alimentação balanceada.

Hoje várias escolas ampliaram a grade curricular esportiva diante da grande procura pelos pais. Antes os professores englobavam várias modalidades em duas aulas de educação física por semana.

Agora a realidade é outra, e é vivenciada, por exemplo, pelo colégio Arbos em Santo André, que dispõe para os alunos mais de 14 modalidades, dentre elas, capoeira, dança livre, basquete, handebol, voleibol, futsal, ginástica e natação. Os alunos são livres para escolher as atividades, que são divididas entre aulas gratuitas e pagas.

O professor de ed. física do colégio Arbos, Leandro César Paseini, destaca a importância dos exercícios para as crianças. "O esporte é um incentivo para colocá-las em sociabilidade maior, aprendendo a conviver com as diferenças e criando seus próprios limites".

Maus hábitos alimentares propiciam obesidade infantil

A obesidade infantil preocupa médicos e especialistas. O número de crianças acima do peso é crescente nos últimos anos sendo que entre os principais motivos estão os maus hábitos alimentares e a falta de exercícios físicos.

A nutricionista Mariana Del Bosco Rodrigues da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) observa a importância da amamentação para o bebê até os seis meses. "A amamentação serve como proteção; o leite fortalece e garante o bem da criança", afirma Mariana.

Hoje é comum mães procurarem ajuda médica para seus filhos entre três e quatro anos, que sofrem problemas de saúde característicos da obesidade, como hipertensão, diabetes e doenças cardiorrespiratórias.

A partir da reeducação alimentar é possível obter resultados significativos para estes meninos e meninas, que além de perderem peso, precisam mantê-lo.

"É preciso emagrecer sem perder proteínas importantes; ela deve comer frutas, verduras e legumes, consumir derivados do leite e diminuir o consumo de açúcar" afirma a nutricionista. "Deve-se evitar o consumo de alimentos pouco saudáveis, especialmente aqueles com quantidades excessivas de açúcares, gorduras e sal, que não contribuirão para aumentar as defesas orgânicas, além de representarem maior risco à saúde, se consumidos em excesso."

Além dos médicos especializados no assunto, o Hospital das Clínicas investiu em um ambulatório voltado para o tratamento e pesquisas sobre obesidade infantil. O pesquisador Danilo Marcelo do Prado destaca que o espaço recebe, na maioria das vezes, crianças obesas e com sobrepeso. (Daniele Torres e Márcio Silva)




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