O PT de Rio Grande da Serra homologou ontem o vereador Claudinho da Geladeira (PT) como candidato ao Paço. O petista deixou claro o tom da sua campanha. O parlamentar disse que é uma figura da cidade, alfinetando Gabriel Maranhão (PSDB), que chegou no município durante a administração do atual prefeito, Adler Kiko Teixeira (PSDB).

Maranhão era secretário de Obras e homem-forte da administração. O tucano nasceu em São Paulo, mas viveu no Maranhão por bastante tempo - por isso o apelido. "O Kiko não é o candidato e o seu indicado não é da cidade. Foi o prefeito que criou esse candidato. O PSDB também criou essa parceria e hoje paga por isso. Ele (pré-candidato tucano) não conhece os problemas da cidade", criticou.

Essa não é a primeira vez que o ex-secretário é chamado de forasteiro pelos adversários. Em fevereiro, panfleto apócrifo foi distribuído na cidade. Na publicação chamada ‘Eleitor Enganado' foi abordado o fato de Maranhão ter mudado seu domicílio eleitoral para o município. Claudinho nega que o folheto foi de autoria do PT.

A convenção de ontem fechou as alianças com PRTB, PPL e PP. Na proporcional, o PT estará coligado com o PPL e a chapa ficou definida com 26 candidatos a vereador. Nos bastidores, os petistas ainda mantêm conversa com duas legendas.

A missionária e cantora gospel Cida Santos foi aclamada como vice de Claudinho. Ela filiou-se ao PT no ano passado exclusivamente para concorrer à Prefeitura ao lado do parlamentar. "A Cida é uma espécie de José Alencar (vice-presidente da República ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva nos dois mandatos, essencial para a aceitação do petista na classe empresarial). Tínhamos dificuldade em chegar ao reduto dela, que é o evangélico", declarou Claudinho.

Na avaliação do petista, o fato de ser chapa pura não influenciará na construção da sua campanha. "Aconteceu naturalmente, pois ela preenchia exatamente o que estávamos procurando, porque sempre quis ter uma vice que fosse mulher", admitiu o pré-candidato.