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Filippi projeta HM de referência com PS no Centro e duas UPAs

Prefeito de Diadema promete construção de outro hospital municipal sem porta aberta e unidades de acolhimento no Jd.Paineiras e Eldorado

Aline Melo
02/08/2021 | 07:00
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Celso Luiz/ DGABC


O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), promete reformular o sistema de saúde do município, transformando o Hospital Municipal de Piraporinha em equipamento de referência, abrindo duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) no Jardim Paineiras e no Eldorado e inaugurando um PS (Pronto-Socorro) de alta capacidade na região central.

Em entrevista ao Diário, o petista revelou que já deu início ao planejamento com procura de áreas para acolher o PS no Centro e de estudo de alternativas para o HM que envolvem, inclusive, discussão com o setor privado da área de saúde. Uma decisão já está tomada, conforme o chefe do Executivo: o hospital não será mais de porta aberta, jargão médico para designar equipamentos que atendem quem chega em busca de acolhimento.

Inicialmente, o plano envolve levar ao Quarteirão da Saúde um pronto-socorro enquanto as negociações de instalação definitiva da unidade avançam – entram aqui tratativas com empresas do ramo privado para auxiliar, com desenho até de uma PPP (Parceria Público-Privada). Concomitantemente, a ideia é evoluir nas tratativas sobre o hospital, que será reconstruído.

Filippi sustentou que há três táticas na mira do Paço. A aquisição de área nas proximidades de uma tradicional churrascaria na Avenida Doutor Ulysses Guimarães, na Vila Nogueira. Outra aproveitando espaços atuais do hospital, no Piraporinha. E uma terceira que ele não revelou. Sobre a segunda alternativa, o prefeito citou que o quadrilátero onde está localizada a atual estrutura tem terrenos pertencentes à Prefeitura, ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e ao Ministério da Saúde, e que um diálogo entre os três poderia solucionar o impasse.

O HM é um prédio datado dos anos 1960. Pertenceu ao INSS, que cedeu uso à Prefeitura em 1992. Desde sua inauguração, nunca passou por grande reforma e, por ter planta antiga, hoje não comporta os novos padrões técnicos da área da saúde. Por exemplo, dispõe de corredores estreitos, sem escadas de alto fluxo de pessoas. Além disso, sofre com problemas estruturais básicos, como rachaduras e desgastes devido ao tempo. O custeio do hospital atualmente está em R$ 120 milhões ao ano.

Nas contas de Filippi, entre R$ 80 milhões e R$ 140 milhões é o custo para construção de outro hospital – o menor índice se houver acerto com estrutura já existe e que precise de reforma de adaptação e o maior caso seja necessário erguer o prédio do zero.

“Tenho condição de aportar de R$ 25 a R$ 30 milhões ao ano neste investimento e vamos ter de buscar financiamento, de R$ 30 a 40 milhões. Estamos recuperando crédito Diadema tinha quatro notas D (de rating), contando Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Banco do Brasil e Caixa. Recuperamos em três delas em seis meses de gestão graças a um trabalho financeiro mais responsável. Neste ano estamos arrumando a casa. No ano que vem, teremos capacidade de recurso próprio. E nossa prioridade é o novo hospital.”

Durante os oito anos de mandato, o ex-prefeito Lauro Michels (PV) chegou a apostar em alternativas para o HM de Piraporinha. Chegou até a viabilizar empréstimo de R$ 125 milhões junto à Caixa para a obra, mas o plano não se concretizou. Filippi afirmou que seu secretário de Governo, Dheison Renan, recebeu sinalizações de Brasília de que parte desse recurso ainda está disponível para a cidade. E pediu para correr atrás da verba.

Junto a isso, Diadema prepara para ter uma UPA no Jardim Paineiras (Zona Norte da cidade) e outra no Eldorado (Zona Sul). “Teremos unidades de porta de entrada em vários pontos da cidade e nosso hospital referenciado. Até porque hoje, em especial no Paineras, a população tem ido para unidades no Taboão e Pauliceia, em São Bernardo. Vamos trazer de novo o público para cá, com atendimento digno e de qualidade.” 




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