Política Titulo Diadema
Filippi engaveta usina de lixo projetada por Lauro

Paço abreconcorrência para coleta de resíduos sem citar proposta idealizada por antecessor

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/06/2021 | 00:50
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O governo do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), indica que não pretende tirar do papel tão cedo a instalação de usina de lixo na cidade, idealizada pelo governo do ex-prefeito Lauro Michels (PV). A gestão petista colocou na rua licitação para contratar empresa para coleta de resíduos sólidos sem citar o projeto, que chegou a ter contrato assinado com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Filippi já havia antecipado ao Diário, em abril, que suspenderia o acordo com a Sabesp, sob o argumento de que a atual gestão não concordava com alguns termos do contrato e que revisaria o acordo. A recente licitação para contratação de nova empresa para realizar a coleta de lixo na cidade, no entanto, cristaliza a visão crítica do governo Filippi à usina, já que o contrato de coleta vai vigorar por um ano. O valor do acordo é de R$ 27,5 milhões.

A instalação de usina de lixo na cidade por parte da Sabesp não se misturaria com o contrato de coleta dos resíduos sólidos, serviço que continuaria sendo prestado por outra empresa. Ocorre que, uma vez instalada a usina, a prestação dos serviços de coleta seria modificada. Atualmente, a firma que recolhe o lixo leva os rejeitos para a estação de transbordo, localizado no DLU (Departamento de Limpeza Urbana). De lá, o lixo é transportado por outra empresa – a Lara Central de Tratamento de Resíduos Sólidos – para aterro em Mauá. É justamente esse último contrato que seria encerrado com a construção da usina, cujo projeto é o de geração de energia elétrica.

A empresa Sustentare Saneamento é quem faz atualmente a coleta e destinação dos rejeitos no município. No ano passado, a companhia criticou o fato de o governo Lauro entregar parte desses serviços de forma direta, ou seja, sem licitação, à Sabesp, pelo período de 40 anos. Na época, a Câmara autorizou a parceria às pressas, no início do ano, e as audiências públicas acabaram esvaziadas por conta da chegada da pandemia de Covid-19 – foram realizadas de forma virtual.  




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