Política Titulo Eleições 2022
Com Doria no páreo nacional, tucanato da região faz cálculo político

Paulo Serra fala em avaliar propostas, Auricchio aposta no paulista e Morando evita se posicionar

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/06/2021 | 00:01
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Divulgação/ Governo do Estado de SP


Em cenário com o governador de São Paulo, João Doria, no páreo nacional para as prévias internas do PSDB à Presidência da República, figuras do tucanato do Grande ABC calculam a viabilidade eleitoral dos concorrentes da disputa, marcada para novembro, e fazem o cálculo político de subir no mesmo palanque. A ‘paternidade’ da vacina do Instituto Butantan tem peso na escolha por Doria, mas o estilo e desgaste na condução da pandemia também são avaliados nos bastidores.

Doria, a princípio, tende a entrar na empreitada com os correligionários Tasso Jereissati (senador), Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul) e Arthur Vírgilio (ex-senador e ex-prefeito de Manaus). A executiva nacional definiu que o processo se dará por meio de eleição indireta, tendo 25% de peso para filiados e 75% a detentores de cargo eletivo e dirigentes partidários. 

Presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito andreense, Paulo Serra falou em avaliar propostas dos pleiteantes tucanos ao posto. “A previsão é que possamos preencher campo da terceira via (na sucessão de Jair Bolsonaro, sem partido) em 2022. Determinação é vencer a pandemia, questões eleitorais não são prioritárias no momento, mas o calendário partidário acaba nos impondo. Vou me posicionar em torno do projeto do PSDB que tiver mais viabilidade. Vou me basear em projeto de País entre as opções, acompanhar de perto e me manifestar de forma clara quando chegar o momento, assim como orientar filiados onde eu tiver algum tipo de influência e liderança.”

Paulo Serra já havia dito, anteriormente, que “quem quer ser presidente da República, tem que ter apoio dentro de casa”. “Isso tem que ser construído”, afirmou ele, ao minimizar a situação, na sequência, citando que o processo terá início a partir da decisão das prévias. “Não dava para construir. Ele estava (empenhado) com as vacinas. Estado tem acertado, a meu ver, muito mais do que errado na pandemia. É momento muito difícil, para todos nós.”

Ex-prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, por sua vez, aposta no pré-candidato paulista. “São quatro bons nomes. Considero que o Doria tem grau de competitividade maior. Possui ativo importante, da vacina, sem desrespeito aos demais, todos valorosos, que concentram outros predicados. Agora, se antes era o Doria trabalhador, podemos dizer que ele é o vacinador. Expectativa é que ele tenha maioria dos votos”, disse Auricchio. “Terá o meu”, adiantou.

Embora aliado de primeira hora de Doria, o chefe do Executivo de São Bernardo, Orlando Morando, evitou se posicionar ao Diário a respeito da disputa interna. Sintetizou que “está focado nas ações voltadas à cidade”. Apesar do discurso, Morando participou, em Brasília, ao lado de Doria, da reunião da nacional que discutiu sobre as prévias. Suplente do diretório, ele viu in loco o pleito de seu grupo naufragar, uma vez que o bloco queria que as regras fossem alteradas para dar mais peso à militância. 




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