Política Titulo Instituições paulistas
Proposta visa que TCE julgue as contas das universidades

CPI na Assembleia conclui trabalhos indicando necessidade de aumentar fiscalização dos gastos

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
06/11/2019 | 07:00
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A CPI que investiga irregularidades nas contas das universidades públicas de São Paulo, na Assembleia Legislativa, foi concluída ontem com a promessa de que será apresentada proposta de emenda à Constituição estadual que obrigará os gastos das instituições a passarem pelo crivo do TCE (Tribunal de Contas do Estado), como ocorre com as contas de prefeitos, presidente de Câmaras e governador.

Os integrantes da CPI aprovaram ontem relatório final, que aponta irregularidades nas despesas de USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), como diárias, viagens, pesquisas, salários acima do teto constitucional e contratos irregulares.

“Entre os principais pontos que colocamos, estão recomendações para que as universidades façam algumas revisões, como por exemplo na parte da administração. Recebemos denúncias grandes, de privilégios, concessões e sobre coisas que prejudicavam os próprios servidores”, frisou a relatora da comissão, deputada Valéria Bolsonaro (PSL). “Estamos elaborando uma PEC para que o Tribunal de Contas faça a fiscalização e julgue as contas, com um prazo, como fazem com o governo do Estado. Assim, irá existir essa fiscalização e administração com responsabilidade”, completou.

Vice-presidente da CPI, a parlamentar Carla Morando (PSDB), de São Bernardo, elogiou a conclusão dos trabalhos. “Após a nossa análise constatamos que autonomia não é soberania. As instituições públicas de ensino devem ser fiscalizadas, pois recebem dinheiro público. E nós, parlamentares, temos a obrigação de fiscalizar e o direito de saber como a verba está sendo utilizada”, disse.

Presidente da comissão, o deputado Wellington Moura (Republicanos) apontou que entre as irregularidades apuradas estavam “folha de pagamento superior ao repasse de recursos do Estado, remuneração de reitores e docentes acima do teto”. 




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