Os bancários cumpriram ontem a agenda de manifestações e atrasaram em uma hora a abertura de 27 agências da região central de Santo André. O Sindicato dos Bancários do ABC afirmou que a assembleia de rua começou às 10h e seguiu até às 11h. Hoje, a mobilização seguirá para o Centro de Mauá, onde sindicato promete envolver 12 agências.

O secretário-geral do sindicato Eric Nilson Lopes declara que o objetivo é relatar aos trabalhadores presentes o que ocorreu durante as três rodadas de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos e a categoria.

O evento andreense, que reuniu cerca de 300 pessoas, é o segundo na região a fim de pressionar os patrões quanto às clausulas salariais e sociais. O primeiro ocorreu em São Bernardo, em agosto.

O ato de ontem foi tranquilo, com encenação de grupo teatral de Ribeirão Pires que satirizou a sobrecarga de trabalho entre bancários. O secretário-geral informou que a Participação nos Lucros e Resultados também foi destacada.

As pessoas pedem três salários-mínimos de PLR, totalizando R$ 1.635, mais R$ 4.500 de abono. "No ano passado a PLR havia sido de dois salários brutos."

A agenda visa pressionar banqueiros para que atendam aos pedidos da categoria, que reclama da falta de avanço nas rodadas negociadas. Pede elevação do piso de escriturários, de R$ 1.250, e caixas, de R$ 1.709, para R$ 1.709 e R$ 2.297,51, respectivamente. No Grande ABC, os bancários recebem em média R$ 3.500, diz Lopes. Somam 7.500 funcionários nas sete cidades.

A Fenaban havia informado que fará contraproposta global para a categoria no dia 20. Sindicato afirma que, caso os valores oferecidos por banqueiros não atendam às expectativas, eles emitirão estado de greve em assembleia marcada para o dia 26, com cruzamento de braços no dia seguinte.