Na tentativa de descentralizar os atendimentos de Saúde, a Prefeitura de Rio Grande da Serra, chefiada por Gabriel Maranhão (PSDB), começou ontem, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município, a disponibilizar veículo pertencente à secretaria específica para realizar transporte de pacientes que não têm condições de se deslocarem por contra própria para UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de bairros.

Maranhão sustentou que a intenção é diminuir o ‘inchaço’ do equipamento, que acontece, segundo o tucano, por conta de um hábito antigo de recorrer à UPA, mesmo em situações que não são configuradas como emergenciais, especialidade da unidade, o que provoca concentração de fila desnecessária. “Uma pessoa com infarto, (que tenha sofrido algum) acidente de carro, convulsão, (que tenham sido) feridas com arma de fogo ou arma branca, (tido) derrame, queda de laje, (este tipo de incidente) justifica (o atendimento da UPA)”, analisou o chefe do Executivo.

De acordo com Maranhão, cerca de 80% dos atendimentos que são realizados na unidade poderiam ser feitos nas unidades dos bairros da cidade. O prefeito afirmou que não existe, por enquanto, prazo definido para esta ação do Paço, de realizar o transporte dos pacientes de Rio Grande.

CRISE
A Saúde de Rio Grande passa por momento delicado nestes nove meses do segundo mandato de Maranhão. Desde o mês de julho deste ano, a UPA realizou apenas atendimentos de urgências, sem receber pacientes com casos menos graves por três oportunidades, devido à falta de pagamentos da Prefeitura à empresa que administra o equipamento público. A última vez em que foi paralisado o atendimento para casos mais amenos foi nesta semana, mas, de acordo com o prefeito, a situação já está normalizada.

O setor da Saúde ainda está sem titular na Pasta. Carlos Duarte entregou o cargo na segunda-feira, alegando falta de investimentos e recursos. Por enquanto, quem comanda interinamente a Pasta é Carlos Eduardo Alves, que acumula função de secretário de Finanças da cidade.