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Kaká - O condutor do Brasil
Por Da AFP
08/06/2010 | 07:00
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Ricardo Izecson Santos Leite, o Kaká, entrou com a classe que o caracteriza no restrito círculo formado pelos grandes craques, na posição de meio-campo avançado que ele honra com elegância e eficiência.

Kaká foi o apelido que o craque ganhou ainda na infância, do irmão Digão, que ainda não conseguia pronunciar Ricardo sem tropeçar nas palavras. Zagueiro central, Digão mede hoje 1,94 m de altura e tem contrato com o Milan, que o emprestou ao Standard de Liège e depois ao Lecce.

Já o irmão mais famoso, com seus 1,85 m e 79 kg, esconde sob uma aparente timidez um horizonte sem limites. Campeão mundial em 2002, ele agora tentará um novo título na África do Sul, na maturidade de seus 28 anos.

Depois do começo no São Paulo, Kaká chegou ao Milan aos 21 anos, em 2003, numa transferência de 6,3 milhões de euros e com a reputação de ser a maior revelação brasileira de sua geração, previsão da qual ele se mostrou digno logo nas primeiras atuações no futebol italiano.

A elegância natural, o domínio de bola, a habilidade no drible, a visão de jogo e o toque refinado ficaram logo evidentes na Itália. Capaz de quase tudo com a bola, Kaká se destacou não apenas como criador de jogadas, mas também como um ótimo finalizador.

Ainda antes de sua chegada ao Milan, e apesar da pouca idade, o craque já havia sentido a sensação de ser chamado para a seleção brasileira principal. A primeira convocação veio para o jogo do dia 31 de janeiro de 2002, contra a Bolívia (vitória brasileira por 6 a 0). Um mês depois, ele marcou seu primeiro gol em nova goleada da seleção brasileira, de 6 a 1 sobre a Islândia.

Mas o Mundial de 2002, apesar da quinta conquista brasileira, acabou abalando um pouco da fama do meia, já que ele jogou apenas poucos minutos no fim da partida contra a Costa Rica pela primeira fase, que não valia muita coisa.

Titular e craque da seleção

Na Copa das Confederações de 2005, conquistada na decisão contra a Argentina, foi diferente. Titular absoluto, Kaká foi o grande craque do Brasil e enriqueceu ainda mais seu currículo de títulos internacionais.

Logo na primeira temporada no Milan, ele ganhou o Campeonato e a Supercopa da Itália. Com os Rossoneri, o meia jogou ainda duas finais da Liga dos Campeões da Europa, ambas contra o Liverpool. Na primeira, em 2005, perdeu na decisão por pênaltis. A revanche veio em 2007, quando o Milan venceu por 2 a 1 e levou a taça. Uma ótima conquista para esquecer a decepção do Mundial de 2006, quando a seleção brasileira chegou à Alemanha como franca favorita e saiu nas quartas de final, eliminada pela França.

Kaká teve seu auge na temporada 2006-2007. Além da Liga dos Campeões, conquistou o Mundial de clubes, a Supercopa da Europa, a Bola de Ouro e foi eleito o jogador do ano pela Fifa.

O futebol, porém, não é a única preocupação do meia, que cresceu numa família com condições financeiras, filho de uma professora e de um engenheiro, longe do clichê brasileiro do garoto pobre da favela que só tem o futebol como opção para mudar de vida. Em novembro de 2004, Kaká foi nomeado embaixador das Nações Unidas contra a fome.

Apesar da boa aparência, que rende ao craque muitas admiradoras mundo afora, o craque brasileiro é um rapaz tranquilo, casado desde 2005 com Carolina Celico. Os dois são frequentadores da Igreja Evangélica e Kaká celebra seus gols fazendo sempre um sinal para o céu, quando não exibe por baixo do uniforme camisetas onde se pode ler, em inglês, "I belong to Jesus" (Eu pertenço a Jesus).

Aos 27 anos, o brasileiro deu nova guinada na carreira ao se transferir para o Real Madrid em 2009, por 67 milhões de euros, logo depois de conquistar uma nova Copa das Confederações com a seleção brasileira, mais um título na sua já extensa galeria de conquistas.

Ficha técnica

Kaká (Atleta - Futebol)

País: Brasil

Data de Nascimento: 22/04/1982

Lugar de Nascimento: Brasília (Brasil)

Altura: 1,85 m

Peso: 79 kg

Posição: Meio-de-campo

Clubes: São Paulo (2001-03), Milan (Itália/2003-junho 2009), Real Madrid (Espanha/desde julho de 2009)

Jogos pela Seleção: 75

Gols pela seleção: 26

Primeiro jogo pela seleção: 31/01/2002, Brasil-Bolívia (6-0)

Último jogo pela seleção: 02/03/2010, Irlanda-Brasil (0-2)

Primeiro gol pela seleção: 07/03/2002, Brasil-Islândia (6-1)

Últimos gols pela seleção: 15/06/2009, Brasil-Egito (4-3), 2 gols

Carreira na seleção:

Copa do Mundo: Campeão (2002) e uma eliminação nas quartas de final (2006): 6 jogos, 1 gol

Copa das Confederações: Bicampeão (2005, 2009): 10 jogos, 3 gols

Gold Cup: Vice-campeão (2003): 5 jogos, 3 gols

Carreira em clubes:

Mundial de clubes: Campeão (2007)

Liga dos Campeões da Europa: Campeão (2007), vice-campeão (2005)

Supercopa da Europa: Bicampeão (2003, 2007)

Campeonato Italiano: Campeão (2004)

Supercopa da Itália: Campeão (2004)

Prêmios:

Duas Bolas de Ouro (2002, 2007)

Jogador do ano da Fifa (2007)

Melhor jogador do Campeonato Italiano (2004)




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