Waldemar Perillo (PSDB), presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, desistiu de colocar em votação a revisão do regimento interno da Casa, após a propositura causar polêmica entre os vereadores na semana passada.

A mudança no artigo 20 foi a mais questionada, pois o texto proposto pelo tucano abria brecha para reeleição da mesa diretora. Atualmente, o presidente não pode concorrer ao cargo, independentemente de se tratar de um novo mandato, como é o caso.

Perillo gostaria de acrescentar ao artigo a expressão "da mesma legislatura", o que garantiria plenas condições jurídicas para ele disputar o posto novamente no próximo mandato.

Porém, o comandante do Legislativo voltou atrás e, agora, diz que não deseja ser novamente presidente. "Não tenho interesse em brigar por isso. Quem determina isso é o prefeito", desconversou o tucano.

O líder da Câmara destacou que a revisão do regimento interno era obrigação do grupo de vereadores que reformaram a Lei Orgânica do Município. A comissão responsável pelo feito era formada por Cleson Alves de Sousa (PT), Manoel Missias de Lima (PV) e Valdir Marques (PSDB). "A revisão (do regimento) deveria ter sido feita há muito tempo. Quando eles foram revisar a Lei Orgânica do Município, eu falei que precisava ver o regimento", recordou Perillo.

A reformulação da lei municipal demorou um ano e quatro meses para ser feita e foi finalizada em junho do ano passado.

O tucano criticou o trabalho dos colegas. "Não mudou nada. Mas, agora não estou mais preocupado com o regimento. Tentei fazer com o jurídico da Casa e fui mal interpretado pelos colegas", reclamou.