Ele ainda não tem a pompa dos favoritos a ganhar a eleição para prefeito de Mauá em 2012, mas crê que estará, pelo menos, no segundo turno. Carregando uma velha máxima dos partidos nanicos que querem ser grandes como bordão, o professor José Silva, 56 anos (apesar de quase ninguém saber), é pré-candidato ao Paço pelo Psol.

"Será a campanha do tostão contra o milhão", vislumbra o educador com "26 anos em sala de aula", como diz. Professor de filosofia da Escola Estadual Maria Expedita, no Jardim Canadá, ele enxerga na "rejeição popular" do prefeito, Oswaldo Dias (PT), e da principal figura de oposição, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), as chances de triunfo no pleito.

"Sei que a batalha será difícil, mas temos tido o reconhecimento dos comerciantes e da população. Vencer não é utopia", confia, ao antecipar estratégia de campanha. "Será só de porta em porta no início porque os grandes financiadores estão ao lado das famílias Dias e Damo. Mas, quando começarem as divulgações de pesquisas, pretendemos atrair alguns deles."

Em tempo de indefinição do quadro eleitoral, a pré-candidatura de José Silva, que conta com o apoio integral da cúpula do Psol, passa a ser uma das poucas certezas para a corrida ao Paço de 2012, junto a Oswaldo e Vanessa. Outros nomes, como Chiquinho do Zaíra (PTdoB), Paulo Bio (PV), Irmão Ozelito (PTB), Atila Jacomussi (PPS) e Edimar da Reciclgaem (PSDB), ainda se articulam em busca de consistência para a eleição.

Apesar de ainda não estar na boca do povo, José Silva não é totalmente desconhecido do eleitorado. Como boa parte dos integrantes do Psol, ele possui histórico de militância no PT, partido pelo qual foi testado nas urnas duas vezes como candidato a vereador (1992 e 1996). Na segunda delas conquistou 1.187 votos, e ficou como primeiro suplente da legenda na Câmara.

No entanto, não chegou a assumir mandato. "Todos da bancada do PT (quatro, entre eles o hoje deputado estadual Donisete Braga) se afastaram por algum período, mas nenhum me deixou assumir", recorda.