Política Titulo Diadema
Reali mira classe média por votos na região central
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/10/2012 | 07:11
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Arquivo/DGABC


O prefeito de Diadema e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, exaltou feitos de sua gestão no Centro, região onde perdeu eleitoralmente para o prefeiturável do PV, Lauro Michels. Segundo o petista, o morador da área central da cidade conseguiu vislumbrar as ações no local.

Reali elencou que os governos petistas em Diadema foram responsáveis pela vinda da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo), pelo incentivo ao mercado imobiliário e pela construção do Shopping Praça da Moça. Além disso, o prefeito reafirmou os planos de trazer o curso de Medicina para a Unifesp e a vinda de uma unidade do Sesc na Praça Camões.

O atual chefe do Executivo enalteceu também as gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) no País, que, segundo ele, possibilitaram "melhoria da renda dos trabalhadores e ascensão social muito forte".

"A classe média precisa entender que também trabalhamos para isso (consolidação de nova faixa de renda na população). O morador do Centro não entendeu que nosso governo possibilitou isso. O shopping foi inaugurado em 2009. Talvez a gente precise esclarecer isso para o eleitor", avaliou o candidato à reeleição pelo PT.

Reali recebeu 40,87% dos votos válidos na região da 222ª zona eleitoral diademense, que compreende o Centro e a Vila Conceição. Nesta mesma região, Michels foi lembrado por 50,56%, desempenho que surpreendeu a cúpula petista e serviu de alicerce para que o verde provocasse o segundo turno.

O petista teve ampla votação na 329ª zona eleitoral, que corresponde aos bairros Jardim Campanário, Paineiras, Taboão, Jardim Canhema, Piraporinha, Vila Nogueira, Promissão e Casa Grande. No 426º cartório eleitoral, que abrange os bairros Serraria, Inamar e Eldorado, Reali e Michels praticamente empataram (o petista teve 41,85% dos votos válidos e o verde, 41,75%). Foi nessa região que a terceira colocada no pleito, Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB), registrou seu melhor desempenho, com 14,59% da preferência dos votantes.

De acordo com dados do Censo 2010, Diadema possui 116.753 pessoas com rendimento de um a dois salários-mínimos (de R$ 622 a R$ 1.244). Para o governo federal, a classe média corresponde a essa faixa salarial.

No primeiro turno, 105.456 pessoas votaram em Reali. Outras 94.562 apostaram em Michels. A diferença entre os protagonistas do segundo turno ficou em 10.894 votos.

Reali avaliou a possibilidade de, além de atrair os votos brancos, nulos e abstenções, captar os sufrágios de Michels. No primeiro turno, 94.836 pessoas não votaram em nenhum dos candidatos ou se ausentaram das urnas - 32,19% do público votante de Diadema.

 

Justiça acata representação contra Buiú

 

A Justiça Eleitoral de Diadema acatou representação contra folheto produzido pelo quarto colocado na corrida eleitoral, o humorista Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (PMN). O material dizia que prefeito e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, e o deputado federal José de Filippi Júnior (PT) faziam apologia à marcha da maconha.

A ação por enquadramento em crime eleitoral foi movida pela coligação Pra Diadema Ter Mais, capitaneada por Reali. Segundo a assessoria de campanha do petista, "o CNPJ do candidato no panfleto não é visível a olho nu e o CNPJ da gráfica está borrado, impossível de ser identificado, além de não constar a tiragem."

A marcha da maconha foi realizada em Diadema em maio, a contragosto da administração municipal. Os organizadores conseguiram liminar na Justiça para garantir o evento, que ganhou mais força quando Filippi declarou em vídeo postado na internet ser defensor do debate sobre a legalização da droga.

"Essa geração está propondo uma coisa corajosa e importante para a sociedade brasileira, que é a gente desmistificar e tornar a droga uma coisa que precisa ser debatida e que precisa ser descriminalizada", defendeu o deputado federal e padrinho político de Reali.

Buiú, no segundo turno, decidiu apoiar a candidatura do oposicionista Lauro Michels (PV). Ele não retornou os contatos do Diário sobre o caso. RR




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