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Felipão mostra pouca paciência com críticas e fala em mudar time

Técnico do Brasil é rude com a imprensa, nega dependência de Neymar e afirma que a Seleção melhorou em relação à estreia diante da Croácia

Anderson Fattori
Enviado a Fortaleza
18/06/2014 | 07:00
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Acabou a lua de mel entre Luiz Felipe Scolari e a imprensa. Visivelmente incomodado por ter de encarar as perguntas dos jornalistas após o empate (0 a 0) do Brasil diante do México – a coletiva do técnico é imposição da Fifa –, o treinador foi monossilábico em algumas respostas e bastante irônico em outras.

Questionado se o Brasil é muito dependente de Neymar, Felipão disparou. “Neymar não ganha e não perde sozinho. Ele faz parte de um grupo. E nós vamos fazer o trabalho do jeito que temos feito. Se ele for bem marcado, temos de criar opções”, respondeu. “O time foi melhor do que contra a Croácia, evoluímos pelos menos 10%. Então tenho possibilidade de melhora. Estou satisfeito”, completou.

Felipão, a exemplo dos jogadores brasileiros, considerou a boa atuação do México como a responsável pelo empate. “Nós, brasileiros, temos mania de achar que os outros não jogam nada. Não fizemos o gol porque o outro time era bom”, resumiu o técnico.

O clima esquentou quando Felipão foi questionado se faria mudanças no time. “Se estou confiando (nos jogadores) ainda? Vocês (da imprensa) que fazem as escalações de vocês. Eu só penso no meu time e acabou. Se classificar ou não, esse é um assunto meu. Você podem fazer 300 equipes, mas não podem mudar meu pensamento”, disse.

O técnico, porém, planeja alterar o time se Hulk, que passará por novas avaliações, não se recuperar. “Hoje (ontem), entrou o Ramires, contra Camarões tenho outra substituição para começar a partida, mas essa é a equipe que confio plenamente”, finalizou.

Herrera aprova jogo, mas diz que México pode evoluir

O técnico do México, Miguel Herrera, demonstrou toda sua felicidade com o empate diante do Brasil. O treinador comemorou ainda o fato de estar bem posicionado na luta por vaga nas oitavas de final.

“A verdade é que foi uma partida em que enfrentamos os favoritos e em sua casa. Mas nossa gente também sorriu. Obviamente que os jogadores escutaram o ‘sí, se puede’ (principal grito da torcida mexicana). Foi muito bonito. Somamos um ponto e estamos brigando com Brasil no grupo. Vamos esperar o resultado de Camarões contra Croácia (hoje, às 19h, em Manaus) e depois tentar os outros três pontos para entrarmos bem sólidos na próxima fase”, comentou Herrera.

Mesmo com o bom jogo, o técnico mexicano espera por evolução. “Os jogadores deram tudo, mas falta alguma coisa. Eles se entregam e têm claro o objetivo que temos. Fizemos uma grande partida, atacamos, mostramos que é preciso atacar o Brasil”, finalizou.




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