Recurso seria usado na manutenção mensal
do futuro hospital, na Estrada dos Alvarenga
Pouco depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar o repasse de mais R$ 20 milhões para o término das obras e compra de equipamentos do futuro Hospital de Clínicas de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) já reivindica mais recursos. O chefe do Executivo, que também preside o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, afirma que o dinheiro seria utilizado para manutenção mensal da unidade.
“Seria bom que o Estado ajudasse no custeio, mas isso no campo do ideal”, disse arinho. Apesar do pedido do petista, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que não recebeu pedido formal da Prefeitura para a assinatura de convênio com essa finalidade. A Pasta informou estar disposta para estudar quaisquer solicitações feitas pelos municípios.
A administração de São Bernardo foi procurada para explicar por que não formalizou o pedido, mas não respondeu até o fechamento desta edição. O governo paulista já transferiu, ao todo, R$ 40 milhões para as obras do hospital, sendo que o último repasse foi anunciado no fim de outubro por Alckmin em visita à região.
No dia 31, a Coordenadoria de Planejamento de Saúde publicou no Diário Oficial do Estado deliberação da Comissão Intergestores Bipartite, composta por representantes das secretarias municipais e estaduais, e autorizou transferência de R$ 5 milhões por mês do governo federal para o custeio da unidade, que funcionará na Estrada dos Alvarenga. Por ano, serão aplicados R$ 60 milhões.
Para as obras, iniciadas em setembro de 2010, o Ministério da Saúde transferiu à Prefeitura R$ 82,1 milhões. A contrapartida municipal é de R$ 38,2 milhões. O complexo terá capacidade para 10 mil consultas, 1.500 internações e 1.500 cirurgias por mês. Serão oferecidos 293 leitos.
Após quatro adiamentos, a inauguração do hospital deverá ocorrer em dezembro. A marcação da data depende da combinação das agendas de Alckmin e da presidente Dilma Rousseff. A estimativa de Marinho é de que a unidade esteja com 100% de funcionamento depois de um ano, aproximadamente. O prazo inicial era para março de 2012.
Até que o atendimento seja feito de forma integral, a inauguração será dividida em três etapas. A primeira envolve as áreas de traumaortopedia e neurocirurgia e prevê o funcionamento de 70 leitos, sendo dez de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na última etapa, deverão ser iniciados os procedimentos de transplantes de órgãos.
SÃO CAETANO
Durante a visita de Alckmin, os prefeitos do Grande ABC cobraram do Estado a transformação do Hospital São Caetano em um complexo de retaguarda, onde seriam tratados pacientes de longa permanência. O secretário David Uip afirmou que iria estudar a demanda regional, mas, até o momento, ainda não houve definição. A unidade foi fechada em 2010 e reaberta em 2012, sob responsabilidade do Executivo municipal.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.