Setecidades Titulo Saúde
Marinho pede ao Estado verba para custeio do HC

Recurso seria usado na manutenção mensal
do futuro hospital, na Estrada dos Alvarenga

Fabio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
10/11/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Pouco depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar o repasse de mais R$ 20 milhões para o término das obras e compra de equipamentos do futuro Hospital de Clínicas de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) já reivindica mais recursos. O chefe do Executivo, que também preside o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, afirma que o dinheiro seria utilizado para manutenção mensal da unidade.

“Seria bom que o Estado ajudasse no custeio, mas isso no campo do ideal”, disse arinho. Apesar do pedido do petista, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que não recebeu pedido formal da Prefeitura para a assinatura de convênio com essa finalidade. A Pasta informou estar disposta para estudar quaisquer solicitações feitas pelos municípios.

A administração de São Bernardo foi procurada para explicar por que não formalizou o pedido, mas não respondeu até o fechamento desta edição. O governo paulista já transferiu, ao todo, R$ 40 milhões para as obras do hospital, sendo que o último repasse foi anunciado no fim de outubro por Alckmin em visita à região.

No dia 31, a Coordenadoria de Planejamento de Saúde publicou no Diário Oficial do Estado deliberação da Comissão Intergestores Bipartite, composta por representantes das secretarias municipais e estaduais, e autorizou transferência de R$ 5 milhões por mês do governo federal para o custeio da unidade, que funcionará na Estrada dos Alvarenga. Por ano, serão aplicados R$ 60 milhões.

Para as obras, iniciadas em setembro de 2010, o Ministério da Saúde transferiu à Prefeitura R$ 82,1 milhões. A contrapartida municipal é de R$ 38,2 milhões. O complexo terá capacidade para 10 mil consultas, 1.500 internações e 1.500 cirurgias por mês. Serão oferecidos 293 leitos.

Após quatro adiamentos, a inauguração do hospital deverá ocorrer em dezembro. A marcação da data depende da combinação das agendas de Alckmin e da presidente Dilma Rousseff. A estimativa de Marinho é de que a unidade esteja com 100% de funcionamento depois de um ano, aproximadamente. O prazo inicial era para março de 2012.

Até que o atendimento seja feito de forma integral, a inauguração será dividida em três etapas. A primeira envolve as áreas de traumaortopedia e neurocirurgia e prevê o funcionamento de 70 leitos, sendo dez de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na última etapa, deverão ser iniciados os procedimentos de transplantes de órgãos.

SÃO CAETANO
Durante a visita de Alckmin, os prefeitos do Grande ABC cobraram do Estado a transformação do Hospital São Caetano em um complexo de retaguarda, onde seriam tratados pacientes de longa permanência. O secretário David Uip afirmou que iria estudar a demanda regional, mas, até o momento, ainda não houve definição. A unidade foi fechada em 2010 e reaberta em 2012, sob responsabilidade do Executivo municipal.




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