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Cardeais não querem comentar sucessão de João Paulo II
Da AFP
15/10/2003 | 16:53
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Quase todos os cardeais convocados ao Vaticano para festejar os 25 anos de Pontificado de João Paulo II, 83, não quiseram comentar, nesta quarta-feira, a sucessão papal, apesar de alguns deles serem apontados como possíveis substitutos.

O encontro, chamado de pré-conclave, já que pela primeira vez reúne todo o Sacro Colégio Cardinalício, além dos presidentes das conferências episcopais e autoridades da Cúria Romana, despertou muitas expectativas sobre as personalidades que podem vir a suceder João Paulo II, cujas condições de saúde ficaram abaladas nas últimas semanas.

"É uma idéia prematura", afirmou o cardeal Roger Mahony, arcebispo de Los Angeles, à imprensa, depois de assistir a audiência geral das quartas-feiras presidida por João Paulo II na praça de São Pedro. "Viemos festejar o Santo Padre", acrescentou Mahony, que participa do seminário organizado pelo Vaticano para elaborar um balanço dos 25 anos de pontificado.

Para o cardeal primaz da Bélgica, Godfried Daniels, não se pode falar de um pré-conclave, embora seja evidente que o encontro servirá para que os religiosos se conheçam melhor. "É óbvio que as discussões nos corredores não poderão ser evitadas", admitiu.

O cardeal francês Paul Poupard, presidente do Conselho para a Cultura, também rejeitou a possibilidade de que a sucessão papal seja abordada. "Não se trata de um conclave porque o Papa está vivo, nem de um pré-conclave porque o Papa está vivo", comentou com ironia. "Estamos felizes porque vamos nos reunir. Vamos debater temas que nos preocupam e esses eventos são encontros informais", acrescentou Poupard.

Os altos prelados, incluindo os 135 cardeais que têm direito a voto no caso da eleição de um Papa, se reunirão por quatro dias, a partir desta quarta-feira, para analisar um dos pontificados mais importantes do século XX. Os chamados ‘príncipes’ da Igreja Católica, ao lado de representantes religiosos de quase todos os países, presidentes e secretários das congregações da Cúria Romana, se reunirão na sala do Sínodo para ouvir os discursos de vários cardeais.

O cardeal alemão Joseph Ratzinger, 76, decano do Colégio Cardinalício e prefeito para a Doutrina da Fé, abriu o evento, que não contou com a presença de João Paulo II.




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