``Nao sei se a Barbie é um barômetro político e social', continuou Minami, ``mas este é apenas mais um caso em que ásio-americanos nao sao considerados importantes'.
A verdade é que as bonecas ásio-americanas sao difícieis de encontrar. Uma rápida olhada na loja on-line da Barbie mostra que as versoes asiáticas sao exóticas e, admite o site, ``podem ser difíceis de encontrar no varejo'. Há uma Barbie tailandesa, uma japonesa, uma da Polinésia e uma oriental. Mas versoes ásio-americanas nao existem.
Julia Jensen, porta-voz da Barbie, um dos brinquedos mais populares da Mattel, nega qualquer discriminaçao. ``O que estamos produzindo é o que o mercado está interessado em ver', disse Jensen à AFP, por telefone, de San Francisco. ``Nao sao todas as comunidades que estao pedindo uma boneca à sua semelhança', acrescentou.
Nos últimos anos, os criadores da Barbie deixaram um pouco de lado o estereótipo da loura fútil e desenvolveram bonecas com papéis de liderança, como a Barbie candidata à presidência.
``O tema das bonecas asiáticas está sempre presente em nossas conversas com a Mattel', contou Andrea Nemetz, diretora de desenvolvimento da Girls Incorporated, que oferece programas educacionais para garotas. ``A decisao da Mattel foi de caminhar em outra direçao', explicou Nemetz, acrescentando que o motivo parece ser financeiro.
Pesquisas demográficas mostram que os ásio-americanos correspondem a menos de 4% da populaçao dos Estados Unidos, mas é o grupo minoritário que apresenta o crescimento mais rápido e que tem, proporcionalmente, a maior média nacional de rendimentos domésticos.
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