Se na primeira edição do Big Brother Brasil, em 2002 – o qual Kleber Bambam saiu vencedor –, quem eliminava o candidato era o público, nos últimos anos, com destaque para este, o que determina o ‘milionário’ são as redes sociais. Exemplo disso é a 19ª edição, que tem início hoje na Rede Globo, depois de O Sétimo Guardião, capitaneado por Tiago Leifert. A poucos dias de começar o programa, um dos selecionados, o gaúcho Fábio Elano, foi desclassificado porque teria descumprido as regras contratuais com a emissora.

Embora a Globo não tenha revelado o real motivo – apenas disse em comunicado que “tomou conhecimento de fatos ligados ao participante, avaliados como inadequados ao perfil dos competidores”, especula-se que a causa tenha sido que o lutador de jiu-jítsu é patrocinado por uma marca de roupas esportivas, como ele mesmo postou em sua conta do Instagram. Isso é contra o regulamento do programa.

Um outro participante, o biólogo Vanderson, 35 anos, do Acre, depois que foi anunciado pela emissora, teve seu nome viralizado no Facebook, mas não por um bom motivo. É que uma ex-namorada, Maíra Menezes, disse na rede social – em post com 1.000 curtidas e 200 compartilhamentos – que viveu um relacionamento abusivo com o rapaz. A família dele negou as acusações.

E não é só isso. Ainda que os participantes fiquem longe de qualquer contato com o ‘mundo de fora’ no período em que estão no programa, deixam responsáveis por gerenciarem suas contas pessoais, até mesmo para pedir votos durante os paredões. Um dos favoritos na última edição, que ficou entre os finalistas, o sírio Kaysar Dadour, disse que antes de entrar no programa tinha 254 seguidores nas redes sociais e, quando saiu, este número saltou para 2 milhões.

A jornalista andreense Nayara de Deus, que saiu na edição do ano passado com o maior índice de rejeição em um paredão triplo – 92,96% – foi uma que sofreram com as redes. Virou meme após sua saída da casa e também foi atacada por internautas.

Para os 17 participantes, que concorrem a R$ 1,5 milhão, portanto, todo cuidado é pouco – até porque, depois que são eliminados do programa, uma das formas mais usadas para eles ganharem dinheiro são os chamados posts pagos, nestas mesmas redes.

Em entrevista a jornalistas e influenciadores digitais na semana passada, o apresentador Tiago Leifert reforçou a importância deste meio de comunicação. Ao pedirem spoilers do programa, disse que todos “fiquem ligados no Twitter do Boninho (José Bonifácio, diretor- geral de gênero)”. Ou seja, esta é ‘a fonte’ do programa.

PLURALIDADE
O reality trará participantes de várias regiões do País. Desta vez as seletivas foram realizadas em 12 cidades e passaram, pela primeira vez, nas capitais Rio Branco (Acre) e São Luís (Maranhão). Estão na lista Alan (Santa Catarina), Carolina (Bahia), Danrley (Rio de Janeiro), Diego (Santa Catarina), Elana (Piauí), Gabriela (São Paulo), Gustavo (São Paulo), Hana (Rio de Janeiro), Hariany (Goiás), Isabella (Rio Grande do Norte), Maycon (Minas Gerais), Paula (Minas Gerais), Rízia (Alagoas), Rodrigo (RIo de Janeiro), Tereza (Pernambuco), Vanderson (Acre), Vinicius (Minas Gerais).

Eles terão uma casa, segundo Leifert, diferenciada. “A inspiração para esse ano é um milionário excêntrico. Se um roqueiro milionário excêntrico que mora em Los Angeles tivesse uma casa do Big Brother, como ela seria? É essa aqui que a gente construiu. Vocês vão ver que os espelhos mudaram de formato. Ao longo do passeio vocês verão que eles não são mais retangulares, têm formas diferentes. É uma casa muito louca”, adiantou. O espaço também terá o andar de cima, cujo intuito será revelado em breve.