O operador Edvaldo da Silva Souza, 49 anos, morreu ontem, instantaneamente, quando a motoniveladora que ele dirigia – usada para recapeamento de ruas – no bairro Jardim Canhema, em Diadema, perdeu o controle e atingiu a garagem de uma casa, colidindo com a parede da residência.

O incidente ocorreu por volta das 14h, na Rua 28 de Setembro, que é íngreme. Moradores do entorno relataram que Souza estava descendo a via com a máquina, quando tentou frear o veículo e, sem sucesso, atingiu em cheio a garagem de uma casa que fica na esquina com a Rua 23 de julho. “Eu vi que ele estava perdendo o controle e falei para ele pular, mas ele continuou pisando no freio e, de repente, bateu”, contou o motoboy Kauã de Oliveira Silva, 21.

Antes de atingir a casa, Souza ainda bateu em um Volkswagen Gol que estava estacionado na rua. Ele era funcionário da Soebe Construção e Pavimentação, empresa que integra o Consórcio TS, contratada pelo governo Lauro Michels (PV) para tocar o recapeamento de vias e calçadas da cidade.

Dona da residência atingida, a atendente Fabiana Monteiro, 41, foi orientada pela Prefeitura a deixar a casa com a família para que a Defesa Civil checasse se a estrutura da residência fora prejudicada por conta da batida. Ninguém da casa ficou ferido. “Estava no cabeleireiro ao lado da minha casa e pelo espelho eu vi o trator descendo e o cara apavorado. Foi rápido demais, não tinha como ele pular. Quando entrou, já foi”, lamentou.

O prefeito também esteve no local. Acompanhado de secretários, conversou com moradores do local e com a dona da residência atingida. “A informação que recebi foi de que houve problema mecânico (na máquina) e o operador ainda tentou parar o carro. Ele deixou com baixa velocidade, tentando segurar a máquina, mas infelizmente acabou colidindo com a garagem”, contou Lauro, ao emendar que a empresa se comprometeu a prestar assistência à família da vítima e a arcar com danos causados pela batida.

Segundo o prefeito, os trabalhadores estavam no local “há uns dois dias”. O verde informou que máquina deverá passar por perícia para verificar os motivos pelos quais os freios não funcionaram. Engenheiros da companhia não quiseram dar entrevista.

Por meio de nota, o Consórcio TS lamentou o ocorrido. “Ainda não sabemos a causa do acidente, que será esclarecida pelas autoridades competentes. Ressaltamos que o Consórcio TS está prestando todo o atendimento necessário à família nesse momento de dor”, diz o comunicado.

O caso foi registrado no 3º DP (Canhema).