Setecidades Titulo Riacho Grande
Balsa é trocada, mas serviço continua a irritar usuários

Número de pessoas transportadas, que não era a principal demanda, foi ampliado; filas de veículos seguem como problema

Vanessa de Oliveira
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
06/05/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


No primeiro dia após a troca da balsa João Basso, no Riacho Grande, em São Bernardo, filas continuam a ser formadas para realizar a travessia. Durante a madrugada, a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) retirou a embarcação antiga e colocou a nova, que transporta dois veículos e 64 pessoas a mais que a antiga. A mudança, quase nula para a capacidade de automóveis, foi vista com indignação e revolta pelos usuários, que formavam fila de um quilômetro até a entrada da balsa.

“Havia promessa de uma balsa que coubesse 30 carros para suprir a necessidade. Ainda não iria resolver, mas melhoraria. Quando entra caminhão ou algum veículo grande, cabem apenas 18 carros, no máximo”, disse o jardineiro Edvaldo Santos, 33 anos, morador do bairro Santa Cruz, que aguardava a vez de embarcar havia pouco mais de duas horas.

Ele também contou que a demora prejudica o abastecimento dos comércios, pois os fornecedores, muitas vezes, acabam desistindo de fazer entrega em razão da demora. “Vi hoje (ontem) mesmo um caminhão de refrigerante dando a volta e indo embora”, relatou.

O motorista Francisco Carlos Rodrigues, 47, também residente no mesmo bairro, foi fazer compras com a mulher e a filha de 4 meses. Na fila preferencial – na qual embarcam dois carros por vez – ele contou que já esperava por três horas. “É o fim do mundo. Mais de 20 mil pessoas que moram aqui e, a respeito da balsa, cada dia que passa não melhora nada, somente piora”, lamentou.

A operação para a troca da embarcação foi realizada na madrugada de ontem, da 1h às 5h, período em que a travessia foi interrompida e os usuários tiveram de utilizar a Rodovia dos Imigrantes ou a Estrada do Rio Acima para se deslocar. “A nova embarcação, reformada com recursos próprios da Emae, tem capacidade maior do que a que operava no local, podendo transportar 304 passageiros e 23 veículos por viagem, enquanto a antiga tinha capacidade de 240 passageiros e 21 veículos”, afirmou a empresa por meio de nota, apesar de não divulgar o investimento.

A empresa também afirmou que a troca das embarcações atende aos requisitos legais determinados pela Marinha do Brasil e “permitirá que a balsa atual, que estava em operação havia cinco anos desde a última reforma – período definido pela norma da Marinha para serviços de inspeção e reformas necessárias –, seja docada para reforma geral periódica.” 




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