Um juiz da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, determinou neste sábado a prisão de seis dos 13 detidos na sexta-feira em uma operação que desmantelou uma rede de lavagem de dinheiro que teria regularizado até 100 milhões de euros (US$ 125 milhões) na Espanha.
As detenções foram realizadas em Barcelona, Tarragona e Almería. O juiz Fernando Grande Marlaska denunciou os detidos pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação ilícita, suborno e tráfico de influências.
Os outro cinco detidos colocados à disposição da Justiça foram liberados, mas estão sendo processados. Os outros dois foram liberados pouco depois de sua detenção. O juiz emitiu ordens internacionais de busca e captura contra outros cinco suspeitos.
A Guarda Civil anunciou nesta sexta-feira o desmantelamento de uma rede criminosa procedente do leste europeu, que poderia ter lavado na Espanha até 100 milhões de euros. Entre os detidos estavam nove espanhóis, três ucranianos e um russo.
Os agentes atribuíram à rede cerca de 50 apartamentos postos à venda pelos criminosos, um hotel 4 estrelas de 400 quartos perto de Almería e cerca de 60 contas bancárias na Espanha e em outros países.
Segundo os investigadores, a rede criminosa cometia assassinatos, extorsões e outros crimes em vários países do leste da Europa. O dinheiro obtido com estes crimes era investido na Espanha, com a assessoria de executivos espanhóis e de Andorra.
O dinheiro chegava à Espanha sob a forma de créditos ou aportes fictícios de capitais por meio de contas em paraísos fiscais como Antilhas Holandesas, Belize, Bahamas, Ilhas Virgens ou Andorra. A rede construía hotéis e apartamentos turísticos na costa espanhola.
O produto das vendas destes bens saía da Espanha direto para paraísos fiscais ou era investido em obras de arte.
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