Comparando-se o número de ações de agosto com junho, a queda foi de 69%. Segundo o vice-presidente do Secovi-SP, Sergio Luiz Abrantes Lembi, a paralisação do Judiciário exige providências urgentes. "Com a greve, ações de despejo por falta de pagamento, revisionais e outras não estão sendo julgadas e outras sequer conseguem dar entrada".

Lembi disse que a expectativa é que aconteça uma "explosão no volume de pedidos assim que a greve acabar, o que tornará ainda mais lento o processo de citação dos inadimplentes, prejudicando duplamente os locadores de imóveis. É preciso que se dê urgente solução a essa paralisação, cujos prejuízos materiais e morais são inaceitáveis".

As ações por falta de pagamento, responsáveis por 87,1% no volume total das ações, registraram queda de 13,7% em agosto. As ações ordinárias, com participação de 6,8% no total, sofreram variação de 5,6%. As renovatórias (3,9% do total) registraram queda de 43,6% e as consignatórias (2,15%) apresentaram a maior variação positiva, 71,4%.

Na comparação com agosto de 2003, houve redução de 77,3% no número de ações — 558 neste ano, contra 2.459 ações no ano passado. Considerando-se o acumulado nos oito meses deste ano com o mesmo período de 2003, houve, no total, diminuição de 30,6% no número de ações.