Cine-catástrofe em toda a sua magnitude. Depois de um ataque alienígena quase fatal em Independence Day (1996) e desastres climáticos que devastaram o Planeta em O Dia Depois de Amanhã (2004), o diretor alemão Rolan Emmerich está de volta. Desta vez, baseado no calendário maia que dá conta de que o fim do mundo está muito próximo: chega daqui a três anos. É sobre a tentativa desesperada de um grupo de pessoas (norte-americanas, claro) de se antecipar à fúria da natureza que trata 2012, o aguardado blockbuster que estreia hoje com larga oferta de salas de exibição na região e em São Paulo.

As imagens tiram o fôlego principalmente daqueles que já são preocupados com as bruscas mudanças de clima. E o diretor não economiza nos detalhes. A terra literalmente se abre, engolindo cidades inteiras, e os oceanos formam ondas gigantescas que encobrem cordilheiras. Em uma breve sequência, até mesmo o Cristo Redentor é retratado vindo abaixo.

Em meio a todos esses efeitos bem-elaborados e realmente impressionantes, Emmerich espalhou um elenco excelente, encabeçado por John Cusack. Jackson Curtis, seu personagem, representa o "homem comum que tenta salvar a família e, de quebra, o mundo", praxe nos roteiros que o cineasta dirige. Ele é um escritor frustrado que vai acampar com os filhos e encontra uma paisagem desoladora onde antes existia um lago. Lá conhece um radialista amalucado que anuncia o fim do mundo (Woody Harrelson). Quando as previsões do homem parecem estar próximas de acontecer, ele volta para Los Angeles para tentar reencontrar a ex-mulher (Amanda Peet). O presidente - sempre há um líder político - é interpretado por Danny Glover. Completam o elenco Oliver Platt e Thandie Newton.