Vereador tenta emplacar questionamentos sobre leilão violado em 2008
O vereador de oposição e presidente do PPS de São Bernardo, Julinho Fuzari, diz ter assinaturas necessárias para que a Câmara aprove requerimento cobrando informações do governo de Luiz Marinho (PT) a respeito do leilão de terreno municipal onde é erguido o empreendimento Marco Zero, conduzido pela Mbigucci.
O Diário mostrou que regras do edital foram violadas por concorrentes do processo licitatório, que envolveu a venda de terreno de 15,9 mil metros quadrados no entroncamento das avenidas Kennedy e Senador Vergueiro, no Jardim do Mar, por R$ 14 milhões. A incorporadora Big Top 2, pertencente a Milton Bigucci, triunfou na concorrência e, posteriormente, dividiu os custos com a área com outras concorrentes, o que era violado.
No Legislativo de São Bernardo, para que requerimento de informações chegue ao Executivo, necessita de aval de maioria simples da Casa. Atualmente, Marinho detém 20 cadeiras a seu favor – embora nove vereadores tenham declarado independência do Paço, mas, nestes casos, seguem orientação do chefe do Executivo. São oito nomes da oposição, porém, alguns estão reticentes em assinar o documento que cobrará respostas sobre o caso.
“Quero apresentar na quarta-feira (o requerimento). Tenho feito conversas com vereadores, até da base, e muitos querem ver isso esclarecido. Acredito que teremos esse documento aprovado”, declarou Julinho, citando a sessão de quarta-feira.
O requerimento de informação será o primeiro passo tomado pelo PPS, oposição a Marinho, no intuito de apurar as denúncias trazidas à tona pelo Diário. CPI não está descartada, desde que a gestão petista não responda adequadamente aos questionamentos.
O Ministério Público, que arquivou inquérito sobre o episódio no passado, não informou ainda se vai reabrir a apuração. A tendência é a de que não haja nova investigação.
As empreiteiras negam irregularidades cometidas no leilão realizado em 2008.
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