Política Titulo São Caetano
Docentes cobram depósito de férias e parte do abono

Professores cogitam acionar Justiça caso pagamento não seja efetuado até amanhã

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/01/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Professores da rede pública de São Caetano reclamam que até hoje não receberam o pagamento das férias e a última parte do abono salarial (entre R$ 500 e R$ 1.000, dependendo da categoria do funcionário), e temem que o dinheiro não caia em suas contas até amanhã, antes do recesso formal do magistério municipal.

Três mil funcionários da Educação esperavam pelo depósito até anteontem, quando agências bancárias ainda estavam funcionando antes da parada das festas de fim de ano. Pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o valor referente às férias precisa ser transferido com dois dias úteis de antecedência. Como ontem e hoje são considerados feriados, há risco de esses servidores partirem para descanso sem contracheque completo nas contas.

Segundo os professores, o departamento de recursos humanos do governo de Paulo Pinheiro (PMDB) sinalizou que até amanhã o dinheiro seria depositado, mas não ofereceu garantias. Docentes afirmam que vão aguardar pelo prazo estipulado pela Prefeitura e, caso contrário, ingressarão com medidas judiciais para reaver a quantia.

“Muitos tiveram de cancelar viagens porque o dinheiro das férias não chegou. A Prefeitura utiliza a CLT para fazer série de descontos nos salários, mas ignora a CLT para cumprir dever de pagar as férias no tempo certo”, reclamou a professora Mirthes Lozano, quem tem organizado, pelas redes sociais, protestos contra o atraso do Paço. “Sempre tivemos esse problema. Mas esperávamos que o Paulo Pinheiro resolvesse a situação. Infelizmente não é isso que vemos. Ainda vamos dar crédito. Porém, caso contrário, não haverá outro jeito a não ser procurar a Justiça.”

O grupo de docentes estuda, se o pagamento não for efetuado amanhã, formalizar denúncia na delegacia do trabalho e acionar o Ministério Público por descumprimento de legislação.

O prefeito Paulo Pinheiro não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar o caso.




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