São Bernardo entregou, ontem, cem apartamentos no Conjunto Nova Silvina. As unidades beneficiam 76 famílias do antigo alojamento José Fornari e 24 da Vila Império. A previsão é de que até outubro o espaço seja finalizado, quando estão previstas entregas das 80 residências restantes e da área comercial. No total, o condomínio abrigará 540 imóveis.

Em aluguel social desde que começou a remoção das famílias do espaço para a construção do empreendimento, em julho de 2011, a auxiliar de limpeza Ivonete Batista da Silva, 36 anos, comemora a volta para o espaço onde morou por sete anos em condições precárias. "Não tem nem comparação com aqueles barracos que poderiam pegar fogo a qualquer momento", destaca.

Já a dona de casa Darci Maria da Silva Dutra, 55, revela que está em aluguel social há sete anos, desde que deixou o alojamento na Vila Império. Ao lembrar de incêndio em que perdeu tudo, em 2004, ela se emociona.

Cada prédio do conjunto tem 20 apartamentos, sendo um adaptado para pessoas com deficiência. Cada imóvel tem 42 m², divididos em dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

A construção do complexo demandou investimento de R$ 43 milhões, sendo R$ 20 milhões de ontrapartida do município e R$ 5 milhões do governo do Estado.

EDUCAÇÃO

Em área próxima, está sendo erguido o CEU (Centro de Educação Unificado) Jardim Silvina. A expectativa é que o espaço, que beneficiará 1.292 crianças de zero a 10 anos, seja inaugurado até o fim do ano e resolva problema das 61 famílias do núcleo Colina, que se mudaram em abril para o local e estão sem creche por perto.

Os pais destacam que as crianças de zero a 3 anos têm vaga garantida em creches do antigo bairro, mas não há como levá-las por conta da distância de até cinco quilômetros.

Os novos moradores, no entanto, não enfrentam a mesma situação; as crianças já frequentam escolas do bairro.

Meta da administração é zerar déficit habitacional em 2028

A meta da administração, segundo o prefeito Luiz Marinho, é resolver o déficit habitacional do município. "Se continuarmos a investir dessa forma a cada PPA (Plano Plurianual Participativo) conseguiremos zerar toda demanda em 2028", observa. Segundo ele, estão sendo priorizadas as pessoas que moram em áreas de risco e alojamentos.

Até o momento, a administração construiu 2.676 unidades. A secretária de Habitação, Tássia Regino, destaca que serão entregues 1.000 unidades até o fim do ano e, com isso, finalizadas mudanças das famílias que estão em aluguel social para os conjuntos habitacionais Três Marias, Nova Silvina, Silvina/Óleo Duto e Jardim Esmeralda.

Ainda ontem, foi assinada ordem de serviço para início das obras do projeto de urbanização do assentamento Jardim Colina. Além da construção de cem unidades, será feita regularização fundiária e reurbanização de 46 imóveis. Está prevista também recuperação ambiental de áreas de preservação permanente do Córrego Colina e a implantação de áreas públicas e de lazer.