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Muito além de levantar poeira
Por Vagner Aquino
Enviado a Penedo
07/09/2011 | 07:00
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06/09/201106/09/2011

Para quem gosta de automobilismo, mas se contenta com as tradicionais corridas (como Fórmula 1 e Stock Car, por exemplo) transmitidas pela TV nas manhãs de domingo, é bom saber que esse programa pode ser mais divertido. Participar de rali pode ser uma ótima opção.

Tradicionalmente conhecido no Brasil, seja para cravar disputa, ou mesmo para unir os amigos e a família, o Mitsubishi Motorsports é uma prova de regularidade que desbrava as mais diversas paisagens do País. "Nunca repetimos os locais de prova para trabalhar sempre em paralelo com o ineditismo", afirma a diretora de projetos especiais da Mitsubishi do Brasil, Corinna Souza Ramos. Ela conta que os locais são escolhidos de acordo com a estrutura da cidade, passando pelas questões legais e de meio ambiente, indo até a importância mercadológica - como a soma de vendas de modelos da marca no município.

Há uma divisão entre Nordeste (com cinco etapas) e Sudeste (sete etapas). E, seja você de qualquer lugar do Brasil, se estiver interessado em participar, basta ter um Mitsubishi (Pajero ou L200, de qualquer ano/modelo) e doar 30 quilos de alimentos não perecíveis e seis produtos de higiene pessoal - por carro.

Para conferir de perto, o Diário foi convidado a participar da sexta etapa, que ocorreu no sábado na cidade de Penedo, Rio de Janeiro.

 

HISTÓRIA

Antes vale falar um pouco sobre como surgiu a prova. Em 1994, a Mitsubishi já vendia seus jipões, mas precisava mostrar para os clientes do que os veículos eram capazes de fazer. Então, passou a convidar consumidores para fazer passeios esporádicos por São Paulo. Já no ano seguinte, surgiu o primeiro campeonato oficial do Mitsubishi Motorsports. A competição foi atraindo cada vez mais pessoas. "Além de fidelizar a marca, os clientes acabam conhecendo novos lugares e realmente explorando o carro que têm na garagem. Por isso lá se vão 17 anos de história", completa Corinna.

Vale ressaltar que tudo isso tem como resultado a solidariedade. Na etapa de Penedo, foram arrecadadas 11 toneladas de alimentos destinados à Secretaria de Assistência Social do município, que ficará responsável por distribuir os donativos para cerca de cinco instituições da cidade - como ocorre em todos os locais por onde a prova passa.

 

O VEÍCULO

Dentre os 250 carros - média de 1.000 competidores - o Diário estava a bordo da picape L200 Triton. O espírito aventureiro tomava conta do cenário. Sob os adesivos, se escondia o tom vermelho da carroceria.

Com 22 centímetros de altura livre do solo, a imponência da picape (vista de fora) dá lugar à funcionalidade no interior. A cabine dupla deixa a beleza de lado e preza pela funcionalidade. Os comandos ficam à mão e nada de vários botões espalhados pelo painel. Com exceção dos comandos do ar-condicionado e dos retrovisores externos elétricos, os únicos itens diferenciados são o comando do áudio no volante - que tem direção hidráulica - e o sistema multimídia Power Touch com GPS integrado e tela sensível ao toque, de sete polegadas.

Com o carro ligado, o barulhento (em comparação à versão 3.5 flex) motor 3.2 a diesel passa a comandar as rédeas. São 165 cv a 3.800 rpm e o torque máximo é de 38,1 mkgf a 2.000 rpm.

Câmbio manual proporciona mais precisão nos trechos off-road 

Durante a prova, o auxílio é dado pelo câmbio manual de cinco marchas, que tem alavanca comprida e com boa empunhadura. A precisão das trocas é ideal para encarar o fora de estrada - principalmente quando se trata de um rali, em que o carro precisa estar completamente nas mãos do piloto.

Mesmo sendo uma picape de dimensões consideráveis (5,12 metros de comprimento) e pesada (1.935 quilos) a L200 Triton dá conta do recado. A aceleração e velocidade máxima não são divulgadas pela montadora, mas não é difícil obter resposta quando precisamos pressionar o pedal direito. Na cabine, permanece o conforto, sem trepidações. Também pudera, os pneus são 265/70 R16.

E para grudar ainda mais no chão, além da tração 4x2, o veículo permite escolher (por meio de uma alavanca ao lado do câmbio) os modos 4x4 e 4x4 reduzida. Necessário, pois a pista contava com trechos de lama, pedras, riachos, mato e areia. Por três vezes contamos também com a ajuda dos freios antitravamento com EBD (distribuição da força de frenagem) para driblar as curvas do trajeto.




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