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Bolsas de NY sobem acima de 2% após eleições e falas de Trump e Pelosi
07/11/2018 | 19:35
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Passada a incerteza das eleições legislativas nos EUA, os investidores foram às compras no mercado acionário em Nova York nesta quarta-feira, 7. Um impulso foi gerado durante à tarde depois que o presidente americano, Donald Trump, expressou otimismo ao dizer que pode haver situação bipartidária positiva. Em seguida, a líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, reafirmou sua intenção de aumentar os projetos de infraestrutura.

O Dow Jones terminou em alta de 2,13%, aos 26.180,30 pontos; o Nasdaq subiu 2,64%, aos 7.570,75 pontos; e o S&P 500 avançou 2,12%, aos 2.813,89 pontos.

Com a imensa maioria dos votos apurados, o Partido Republicano do presidente americano, Donald Trump, que dominava as duas Casas do Legislativo, agora controlará apenas o Senado, enquanto a Câmara dos Representantes estará sob domínio democrata.

Em coletiva de imprensa, Trump comemorou o resultado das eleições, afirmando que pode haver situação bipartidária positiva. "Espero trabalhar com os democratas em setores de infraestrutura e preços de medicamentos", disse Trump, acrescentando que os democratas também concordam que um muro na fronteira com o México é necessário. Após sua fala, as bolsas bateram máximas, levando o Dow Jones a ultrapassar a barreira dos 26 mil pontos.

Após o pronunciamento de Trump, a líder democrata na Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, afirmou que conversou com Trump e que eles poderiam "trabalhar juntos". Ela também destacou que discutiu projetos de infraestrutura com o republicano. Em meio à perspectiva de continuidade dos gastos, principalmente com infraestrutura, as ações do setor se beneficiaram, levando a Caterpillar a subir 4,46%.

O resultado das eleições deste ano gerou a percepção de que as medidas dos últimos anos do governo Trump que agradaram aos investidores não devem ser revertidas, como cortes de impostos, mas haverá um freio maior na agenda do presidente, o que poderá se traduzir em mais moderação em questões como o comércio com a China.

"Com o presidente Trump agora menos propenso a aprovar uma legislação economicamente estimulante, graças à perda republicana da Câmara, ele pode estar mais propenso a dobrar a garantia de um acordo comercial com a China", disse o diretor-gerente de pesquisa de mercados globais da FTSE Russell, Alec Young. "Trump pode querer garantir o estímulo econômico para sua reeleição em 2020 e o comércio é uma ótima maneira de fazer isso", acrescentou.

Na agenda de indicadores, o único divulgado no dia foi o crédito ao consumidor, que subiu US$ 10,92 bilhões em setembro em relação ao mês anterior, alta de 3,33% na taxa anual sazonalmente ajusta, informou o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam aumento maior, de US$ 14,5 bilhões.

Entre os destaques, a empresa de comunicação em nuvem Twilio subiu 35,67%, após obter lucro líquido de US$ 0,07 no terceiro trimestre, acima da expectativa de US$ 0,02 e receita de US$ 168,9 milhões, maior que a projeção de US$ 151,62 milhões. O setor de tecnologia foi beneficiado como um todo. As ações da Amazon terminaram com ganho de 6,86%, enquanto a Alphabet avançou 3,62%.

O setor bancário também registrou ganhos significativos. O Goldman Sachs cresceu 1,35% e o Morgan Stanley subiu 1,95%.(Com informações da Dow Jones Newswires)




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