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Dono de hotel em S.Bernardo é detido por furto de energia

Empreendimento, no Jardim Chácara Inglesa, tem dívida de R$ 110 mil com a AES Eletropaulo

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
12/09/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Duas pessoas foram detidas por furto qualificado de energia elétrica no Hotel PalmLeaf Grand Premium, no Jardim Chácara Inglesa, em São Bernardo, na quinta-feira. O proprietário do estabelecimento, Daniel Felipe Souza Penha, 38 anos, e o empresário Wanderson Gomes Miranda, 42, foram indiciados pelo crime, após terem sido flagrados por equipe da Polícia Civil. A dupla passou por audiência de custódia, foi liberada e responderá em liberdade pelo ato.

Miranda é dono da empresa que realizava a religação clandestina do fornecimento de energia elétrica ao hotel. A luz havia sido cortada, pela quarta vez neste ano, por falta de pagamento. O hotel deve mais de R$ 110 mil à concessionária.

De acordo com o boletim de ocorrência, o dono da empresa responsável pela religação afirmou que foi acionado por Penha. O proprietário do hotel confirmou o fato à polícia e tentou justificar a medida ao informar que o empreendimento passa por dificuldades financeiras. A perícia da Polícia Civil constatou que o medidor de energia havia sido fraudado e não registrava o consumo real. A equipe do Diário não conseguiu contato com representantes do hotel – que estava fechado na tarde de ontem –, nem com a defesa dos detidos.

O gerente da diretoria comercial da AES Eletropaulo, Wagner Pimenta, explicou que a empresa tem focado na redução das perdas e contado com a aproximação com as polícias para casos em que há dificuldade em inibir esse tipo de crime. “Neste caso em específico, foi a quarta vez que houve corte no fornecimento do cliente. Em todas as outras ocorreu a religação clandestina”, explicou. A polícia foi avisada previamente de que seria efetuado novo corte e se dirigiu ao local assim que a empresa responsável pela religação deu início ao procedimento.

Pimenta destacou ainda que os religamentos vinham sendo feitos por equipe especializada, com equipamento que normalmente é utilizado pelas concessionárias. “Especialmente pelo tipo de rede, que é de média tensão”, explicou. “É importante frisar que foram feitas várias tentativas de negociações dos débitos existentes, porém, sem sucesso”, completou o diretor.

A AES Eletropaulo conta com sistemas de análises de consumo e comportamento para identificar qualquer situação suspeita e realiza, por ano, nas 24 cidades onde atua como concessionária, 400 mil inspeções com 300 equipes. As fiscalizações identificam erros, seja por defeitos nos equipamentos ou por ações de terceiros, forjando a medição.

Além das fiscalizações em campo, as equipes da concessionária trabalham com o cruzamento de dados de consumo e inteligência analítica, que permitem identificar situações de furto.

 

Grande ABC contabilizou 123 prisões por ‘gatos’ no 1º semestre

 

A AES Eletropaulo efetuou 35,1 mil inspeções e detectou 7.200 irregularidades nas cidades do Grande ABC no primeiro semestre deste ano. A empresa também realizou 99 inspeções com apoio policial, que culminaram em 123 prisões em flagrante pelo crime de furto de energia elétrica entre as sete cidades. Apenas nas duas últimas semanas, foram 18 prisões e 19 inquéritos policiais instaurados.

No mesmo período de 2017, foram realizadas 37,1 inspeções e identificadas 9.700 irregularidades. Segundo a concessionária, as fiscalizações observam erros, seja por defeitos nos equipamentos ou por ações de terceiros forjando a medição.

As fraudes sobrecarregam e causam danos à rede elétrica, o que pode prejudicar o fornecimento de energia. Na residência com irregularidades, pode haver desde queima de aparelhos eletrodomésticos até incêndios. As interferências não autorizadas no sistema e nos equipamentos da AES Eletropaulo por pessoas sem o treino adequado ainda podem causar acidentes graves, às vezes fatais.

 




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