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STF concede habeas-corpus para o cantor Belo
Por Do Diário OnLine
12/07/2002 | 00:38
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, concedeu no final da tarde de quinta-feira habeas-corpus para o cantor Marcelo Pires Vieira (o Belo), preso na Delegacia Anti-Seqüestros do Rio de Janeiro desde 5 de junho. Belo deixou a carceragem por volta da 0h desta sexta-feira, acompanhado por sua mulher, a modelo Viviane Araújo. Sem falarem com jornalistas, Belo e sua esposa seguiram em um carro Citröen preto para a residência do casal, no Recreio dos Bandeirantes (zona Oeste da capital fluminense).

A chuva persistente que caiu no Rio durante toda a noite de quinta-feira afastou a presença de fãs e curiosos na porta da DAS, no Leblon. Viviane chegou à delegacia por volta das 20h, levando um casaco para o marido. Segundo o delegado Fernando Moraes, Belo perdeu cerca de oito quilos durante os 37 dias na prisão e ficou com os cabelos, costumeiramente descoloridos, quase inteiramente pretos (na cor natural).

O habeas-corpus manterá Belo em liberdade pelo menos até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgue o mérito de uma ação que pede a revogação da sua prisão preventiva. Além de responder por associação ao tráfico de drogas, Belo está sendo processado por porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 20 anos de prisão.

As acusações são baseadas em escutas telefônicas promovidas com autorização judicial. O grampo apontou que Belo manteve contato com traficantes do morro do Jacarezinho (Rio de Janeiro), supostamente pedindo armas ("tênis AR", um fuzil AR-15, segundo a polícia) em troca de dinheiro para a compra de drogas ("tecido fino", cocaína, também segundo a polícia). O interlocutor de Belo na conversa seria Valdir Ferreira, o Vado, líder do tráfico de drogas no Jacarezinho.

A defesa de Belo alega que sua prisão e todas as acusações derivam apenas de gravações telefônicas, sem qualquer outro tipo de comprovação.

Na sentença favorável ao pagodeiro, Marco Aurélio Mello alegou que não há razão para manter a prisão preventiva de Belo porque ele não representa perigo para a sociedade. O ministro qualificou ser "impróprio enquadrá-lo como de periculosidade, nivelando-o a outros acusados, como é o caso de Elias Ferreira da Silva, vulgo Elias Maluco". Mello, entretanto, determinou que o cantor não poderá deixar o Estado do Rio de Janeiro sem autorização judicial.

Compromisso - Mesmo livre da prisão, o pagodeiro tem compromisso judicial a cumprir nesta sexta-feira. Belo será interrogado no início da tarde desta sexta-feira pela juíza Ruth Viana Lins, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O interrogatório terá caráter sigiloso.




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