Setecidades Titulo Estelionato em S.Bernardo
Polícia apreende documentos na casa de suspeitos de estelionato

Justiça de São Bernardo autoriza bloqueio de contas de trio que aplicou golpe do Minha Casa

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
24/05/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Polícia Civil de São Bernardo cumpriu ontem mandado de busca e apreensão na residência do casal suspeito de aplicar golpe da casa própria em pelo menos 107 pessoas da região. A dona de casa Eliene de Souza Magalhães, 45 anos, e o marido, o pedreiro Antônio Carlos Pereira, 39, são tidos como cabeças de quadrilha que cobrava entre R$ 5.000 e R$ 20 mil por supostos apartamentos do programa federal Minha Casa, Minha Vida, localizados no Jardim Silvina.

A juíza da 1ª vara criminal do município, Sandra Regina Nostre Marques, também autorizou a quebra do sigilo bancário e bloqueio das contas vinculadas aos CPFs dos suspeitos de estelionato. “Estamos no momento de produção de provas, até para garantir futura indenização para as famílias prejudicadas, que são, em sua maioria, carentes”, esclarece o delegado titular do 5º DP (Pauliceia) de São Bernardo, Américo dos Santos Neto, responsável pela investigação.

O imóvel, localizado no bairro Terra Nova, em São Bernardo, é alugado, conforme o delegado, e o casal não foi encontrado no local. “Conseguimos a chave junto à imobiliária e apreendemos uma pasta com diversos documentos e anotações. O ofício para o bloqueio das contas já foi enviado ao Banco Central e, em breve, vamos verificar se há dinheiro. A Justiça autorizou que sejam bloqueados até R$ 2 milhões por CPF”, complementa.

Além do casal, a polícia investiga a dona de casa Daniela Marques Simões de Souza, 39, que é suspeita de executar papel de intermediária entre as famílias enganadas e os chefes da quadrilha.

O crime de estelionato prevê pena de reclusão que pode variar de um a cinco anos, além de multa, explica Neto. Uma das estratégias do delegado é associar a prática criminosa a outra infração – associação criminosa –, como forma de agravar a punição dos suspeitos. Neste caso, as penas variam conforme a função de cada pessoa.

Ontem, outras quatro vítimas foram ouvidas pela polícia. A expectativa é que mais três pessoas enganadas prestem depoimento hoje. 




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