Política Titulo Santo André
Grana anuncia mais corte de comissionados

Prefeito de Sto.André cita, sem detalhar plano, que seguirá com demissões de apadrinhados

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
26/02/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), revelou que seguirá com corte de comissionados da administração para minimizar o impacto causado pela queda na receita. Sem detalhar quais setores sofrerão enxugamento, o petista afirmou que as demissões continuarão ao longo deste ano “progressivamente”.

O secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), indicou que a redução dos apadrinhados começará pelos quadros da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). A autarquia municipal passa por problemas financeiros que, segundo o secretário, culminaram num deficit de aproximadamente R$ 20 milhões. Para dar conta de cobrir parte das despesas da companhia, a Câmara aprovou na sessão de ontem em primeira discussão proposta do governo que autoriza o remanejamento de R$ 14 milhões em verbas destinadas a outros setores à Craisa. “A ideia é amenizar a crise. A Craisa tem problemas (financeiros) que se arrastam há anos. Além da transferência (de recurso para a autarquia), faremos algumas ações para diminuir os custos”, informou Arlindo, ao citar corte de comissionados da empresa municipal e a realocação do Banco de Alimentos (bancado hoje pela Craisa) para a Secretaria de Inclusão e Assistência Social.

Desde o ano passado, Grana tem colocado em prática plano de contingenciamento no Paço. Com a saída de Cícero Martinha (PDT) do comando da Secretaria de Trabalho, em setembro – voltou para a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André –, o governo unificou o setor à Pasta de Direitos Humanos, chefiada pelo ex-prefeito João Avamileno (PT).

Grana também não repôs as vagas deixadas por três secretárias adjuntas: Cida Damaia, número dois na Pasta da Saúde, que assumiu no mês passado a presidência da FUABC (Fundação do ABC), de Juliana de Sordi Gattone, de Comunicação, e de Ana Lúcia Sanches (Educação). “Estamos corrigindo em tempos de crise na economia. Agora temos de fazer a lição de casa, se readequar à nova realidade”, discorreu o prefeito, ao acrescentar que os cortes ocorrerão “dentro das condições para não prejudicar os serviços públicos”.

NO LEGISLATIVO
Cortes de comissionados também atingirão o Legislativo. Ontem, os parlamentares aprovaram por unanimidade minirreforma administrativa que prevê a extinção de 42 funções de livre provimento para a próxima legislatura (2017-2020). Com as mudanças, o número de assessores por gabinete cairá dos atuais 13 para 11 a partir do ano que vem. A Casa também alterou a nomenclatura dos cargos e incluiu exigências de escolaridade para ocupar algumas funções.

“Fizemos pesquisa entre as Câmaras da região e chegamos a uma média de salário dos assessores. Agora, o projeto tende a ser aprovado em definitivo na semana que vem, já que tiramos todas as dúvidas dos vereadores”, estimou o presidente da Câmara andreense, bispo Ronaldo de Castro (PRB). 




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