Prefeito de Sto.André cita, sem detalhar plano, que seguirá com demissões de apadrinhados
O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), revelou que seguirá com corte de comissionados da administração para minimizar o impacto causado pela queda na receita. Sem detalhar quais setores sofrerão enxugamento, o petista afirmou que as demissões continuarão ao longo deste ano “progressivamente”.
O secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), indicou que a redução dos apadrinhados começará pelos quadros da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). A autarquia municipal passa por problemas financeiros que, segundo o secretário, culminaram num deficit de aproximadamente R$ 20 milhões. Para dar conta de cobrir parte das despesas da companhia, a Câmara aprovou na sessão de ontem em primeira discussão proposta do governo que autoriza o remanejamento de R$ 14 milhões em verbas destinadas a outros setores à Craisa. “A ideia é amenizar a crise. A Craisa tem problemas (financeiros) que se arrastam há anos. Além da transferência (de recurso para a autarquia), faremos algumas ações para diminuir os custos”, informou Arlindo, ao citar corte de comissionados da empresa municipal e a realocação do Banco de Alimentos (bancado hoje pela Craisa) para a Secretaria de Inclusão e Assistência Social.
Desde o ano passado, Grana tem colocado em prática plano de contingenciamento no Paço. Com a saída de Cícero Martinha (PDT) do comando da Secretaria de Trabalho, em setembro – voltou para a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André –, o governo unificou o setor à Pasta de Direitos Humanos, chefiada pelo ex-prefeito João Avamileno (PT).
Grana também não repôs as vagas deixadas por três secretárias adjuntas: Cida Damaia, número dois na Pasta da Saúde, que assumiu no mês passado a presidência da FUABC (Fundação do ABC), de Juliana de Sordi Gattone, de Comunicação, e de Ana Lúcia Sanches (Educação). “Estamos corrigindo em tempos de crise na economia. Agora temos de fazer a lição de casa, se readequar à nova realidade”, discorreu o prefeito, ao acrescentar que os cortes ocorrerão “dentro das condições para não prejudicar os serviços públicos”.
NO LEGISLATIVO
Cortes de comissionados também atingirão o Legislativo. Ontem, os parlamentares aprovaram por unanimidade minirreforma administrativa que prevê a extinção de 42 funções de livre provimento para a próxima legislatura (2017-2020). Com as mudanças, o número de assessores por gabinete cairá dos atuais 13 para 11 a partir do ano que vem. A Casa também alterou a nomenclatura dos cargos e incluiu exigências de escolaridade para ocupar algumas funções.
“Fizemos pesquisa entre as Câmaras da região e chegamos a uma média de salário dos assessores. Agora, o projeto tende a ser aprovado em definitivo na semana que vem, já que tiramos todas as dúvidas dos vereadores”, estimou o presidente da Câmara andreense, bispo Ronaldo de Castro (PRB).
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