Política Titulo Mudou de rumo
Após ameaçar rivalizar com Donisete, direção do PP paulista dá aval a aliança
Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
21/02/2016 | 07:00
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Após ameaçar apoiar projeto rival ao do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), o PP estadual voltou atrás e agora admite possível aliança com o petista. Presidente do diretório paulista do partido, o deputado federal Guilherme Mussi afirmou que não impedirá a composição com o petista em outubro.

Enfático, Mussi disse não descartar coligações com governos os quais o partido já integra a base de sustentação. “É claro que eu tenho uma tendência oposta ao PT, mas nas cidades eu prezo pela pessoa e por olhar acima do partido. (A prioridade é) Olhar o candidato a prefeito e, se ele tem perspectiva de vitória, jamais colocaria questões partidárias em primeiro plano. O PT também tem bons prefeitos, que fazem boas administrações”, frisou o dirigente, que não cravou a legenda no arco de alianças de Donisete.

Em Mauá, o PP integra a base aliada do governo. Único vereador da sigla, Adelto Cachorrão tem insistido para que o partido apoie o projeto de reeleição de Donisete. O parlamentar, inclusive, já se movimentava nos bastidores para mudar de sigla caso a cúpula do PP resistisse em dar suporte aos petistas. “O caminho é seguir com Donisete. Disso eu não abro mão”, sentenciou Cachorrão, em recente entrevista ao Diário.

No fim do ano passado, Mussi se reuniu com o parlamentar e expôs a intenção em colocar o partido em campo oposto ao PT na maioria das cidades da Região Metropolitana, cenário que já se desenha em Santo André, São Bernardo e em Diadema. Na eleição de 2012, os progressistas apoiaram a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), derrotada por Donisete no segundo turno. A legenda, porém, deu uma guinada ao governo quando o então parlamentar da sigla Ivann Gomes, o Batoré (hoje no PRB), perdeu o mandato por infidelidade partidária, cedendo a cadeira a Cachorrão.

Mussi, entretanto, ponderou que o futuro da sigla nos municípios só será definido após o período da janela partidária, que permite a troca de partido a parlamentares sem o risco de perder o mandato – o prazo encerra no dia 18 de março. 




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